Tiro no pé.

É o nome técnico usado para descrever a sequência de declarações e iniciativas do deputado Eduardo Bolsonaro junto a autoridades norte-americanas, no sentido de obter dos aloprados do norte sanções pessoais contra um ministro da nossa Suprema Corte de Justiça, possivelmente incluindo alguns familiares, tudo para pressionar e constranger a autoridade no exercício de suas funções constitucionais no julgamento do pai, acusado de inúmeros e graves crimes.

Exatamente esse tipo de constrangimento contra um magistrado durante um julgamento é enquadrado como crime e, no caso específico de deputado, conspirar com um país estrangeiro agrava o delito.

Eduardo possivelmente sabe de tudo isso e, como é ainda deputado licenciado, percebeu que manter essa posição piora o quadro, porque não pode um deputado tentar jogar um país estrangeiro contra o seu, e disse pensar em abrir mão do mandato. Não muda nada, uma vez que o crime já foi cometido e provocou declarações públicas do vice-presidente dos EUA, Vance, quem anunciou as tratativas internas para as prováveis sanções contra o ministro Moraes.

Tudo seria ridículo — e, de fato, é — não fossem os EUA um parceiro econômico importante e uma potência militar, trazendo ao quadro uma possível e inevitável resposta do nosso governo, no caso de efetivadas as sanções ao ministro. Escalada de tensões que nosso governo até aqui conseguiu evitar na relação sempre tumultuada com o atual governo dos EUA, que procura manter com todos os países relações estressadas, seja através de ameaças de invasão, aumento de tarifas e absurdos seguidos de mais absurdos mundo afora.

Conseguimos nos manter fora do radar dos aloprados do norte até aqui, e no caso em questão é impossível ignorar um ataque a uma instituição e a um servidor de tamanha relevância nesse momento especialmente importante. E mesmo sendo inócuas as sanções ao ministro, não ficarão sem resposta — e isso não é bom, mesmo que inevitável.

Quanto a Eduardo, entrou pelo cano e seu crime não tem defesa, com condenação líquida e certa em curto prazo de tempo. E ainda arrasta o pai para mais um crime, sendo ele o beneficiário das presepadas do filho e quem o sustenta, como publicamente admitiu.

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