Em uma conversa com amigo de mesma idade e testemunha dos anos FHC, me admirei porque ele — bem informado — não lembrava da capa da Veja e do homem calango, vítimas dos planos econômicos de então e obrigados a comer lagartos para sobreviver.
Por isso, achei bom deixar registrado aqui entre nós a manchete do horror mais recente, onde a administração dita liberal da economia brasileira deixa suas marcas de destruição e fome.
É interessante refletir sobre esses gênios da administração pública, nesses tempos em que todas as teorias liberais e a globalização defendida por décadas foram jogadas no lixo com as decisões cada vez mais cambaleantes do ícone maior do capitalismo liberal mundial, que são os EUA.
Se, por um lado, as loucuras de Trump desmoralizam os liberais no mundo e suas pregações, os efeitos de empobrecimento e anulação de renda permanecem os mesmos, porque são, sem as teorias furadas e as planilhas falsificadas, o único e verdadeiro alvo dessa gente e de seus ensinamentos e práticas: garantir o butim e manter a patuleia ocupada com baboseiras que a imprensa corporativa fornece sem nenhum contexto ou avaliação crítica das decisões erráticas e contraditórias tomadas ano após ano.
Ou seja, mudam para permanecerem os mesmos e colherem seus interesses, sempre.
E nós precisamos sempre nos lembrar de quem eles são e das variadas formas que manipulam para manterem as coisas sempre desequilibradas ao próprio favor.