
Era previsível que o futuro da lei aprovada de forma expressa nessa última quarta-feira na Câmara dos Deputados, trancando o andamento dos processos contra os golpistas, não seria longevo.
Mas não durou 48 horas, e hoje o STF enterra a manobra, com a Primeira Turma devidamente convocada pelo presidente Zanin após pedido do ministro Moraes, para uma sessão tão expressa quanto foi a que aprovou a Câmara.
Fizemos algumas considerações anteriores sobre os motivos da iniciativa parlamentar e a participação do presidente da Casa, Hugo Motta. Esquecemos de citar o afastamento do deputado Gilvan da Federal por falta de decoro por iniciativa do próprio Motta. Então, tem também na votação expressa de quarta uma compensação para os bolsonaristas diretamente atingidos e intimidados com a punição ao tresloucado deputado capixaba.
O número de 300 deputados aprovando a matéria, completamente ilegal, de trancar ação penal e de tamanha gravidade, deve ser colocado nessa perspectiva. Se, por um lado, é uma afronta do Legislativo em sua maioria, por outro, tem diversas camadas — e uma delas deixa claro a manobra política de compensar, satisfazer instintos primitivos, provocar, ameaçar, sendo o número 300 não indicativo de coisa alguma, mas prova da enorme capacidade de trabalho e competência do governo em navegar por mares tão turbulentos.
Vida que segue e página virada, choros e ranger de dentes fazem parte do show. De horrores dos fascistas.
Que a cada dia perde mais sua eficácia.
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