
Por unanimidade, 1ª Turma do STF decide tornar réus integrantes do ‘núcleo 2’ da trama golpista.
🎯 Fernando de Sousa Oliveira
🎯 Filipe Garcia Martins
🎯 Marcelo Costa Câmara
🎯 Mário Fernandes
🎯Silvinei Vasques
🎯 Marília Ferreira de Alencar
O Procurador-Geral da República (PGR) dividiu os principais envolvidos na tentativa de golpe orquestrada por Jair Bolsonaro e generais em diferentes núcleos. Na primeira fase do julgamento, os líderes foram tornados réus. Agora, é a vez do segundo grupo, composto pelos responsáveis por operacionalizar as ordens, incluindo ações como as da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste, que dificultaram o acesso de eleitores de Lula às urnas no dia da eleição.
O julgamento não trouxe novidades significativas, dada a robustez das provas apresentadas pela PGR. As defesas, em sua maioria, adotaram a estratégia de minimizar as penas, em vez de contestar os fatos.
Destaca-se a “minuta do golpe”, que circulou entre os membros desse grupo até chegar a Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes lembrou que o ex-presidente admitiu publicamente ter recebido o documento, o que compromete ainda mais os envolvidos. Conversas interceptadas pela Polícia Federal corroboram a existência de um plano detalhado.
Entre os réus, há responsáveis por planos extremos, como o assassinato do presidente eleito, seu vice e o próprio ministro Moraes. Um general, por exemplo, alegou que estava apenas “imaginando cenários”, mas as evidências indicam o contrário.
Caso condenados, os envolvidos podem enfrentar penas de até 46 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
A gravidade dos atos e a solidez das provas tornam esse julgamento um marco na defesa da democracia brasileira.