
‘Renda do trabalho dos mais pobres cresceu 10,7% em 2024, ritmo 50% maior do que o verificado entre os mais ricos, que também cresceu cerca de 6%.
Houve prosperidade do trabalhador brasileiro, com 7,1% de crescimento. E uma redução da desigualdade que vale por 2,9 pontos no índice Gini, o que fez com que o bem-estar dos brasileiros crescesse a 10,2%.’
( Estudo FGV social, Marcelo Neri)
O mesmo pesquisador, Marcelo Neri, observando os mesmos critérios e fontes em 2018, obteve resultados exatamente opostos: com maior concentração de renda e aumento da pobreza.
O que nos obriga a refletir sobre os motivos — e o porquê — de nossa imprensa não divulgar, com o devido destaque e importância, resultados tão expressivos como os mais recentes.
A resposta está na chamada “última década”, o período da sequência Temer e Bolsonaro. Porque, atualmente, não se pode comparar nenhum índice social com o desastre da dupla, sendo necessário sempre buscar dados na década anterior para se ter resultados tão negativos quanto os daquele período.
É exatamente o que estamos vendo acontecer na Argentina e nos EUA atualmente, quando desastres sociais e solavancos irresponsáveis na condução econômica são tratados como “ajustes” — sem jamais dizer em cima de quem esses ajustes são feitos. Os resultados são apresentados sem crítica, sem contexto, recheados de intenções e com quase nenhum número da economia real, que segue piorando.
O estudo da Fundação Getúlio Vargas destaca a importância do colchão social do Bolsa Família, da inserção dos beneficiários no mercado de trabalho — hoje caminhando para o pleno emprego — e da melhora no nível educacional como pilares da elevação da renda nacional.
Ou seja, exatamente tudo ao contrário do que a imprensa oligárquica e seus porta-vozes costumam pregar — como agora, por exemplo, ao propor seis anos de congelamento do salário mínimo. Ignorar as melhorias nas condições de vida faz parte da estratégia de apagar boas políticas.
Eu sempre desafio a comparação de números. Aos poucos estamos retornando aos patamares da “década” e deixando o período Temer-Bolsonaro para trás — um período em que todos os indicadores sociais retrocederam, e que só agora voltam a apresentar resultados positivos.
Mais do que isso: os avanços atingem todas as faixas de renda, com destaque para os mais pobres, que mostram os melhores números. E aqui está a questão central: o que importa é reduzir a desigualdade no país mais desigual do mundo.
O resto é conversa fiada e proteção de privilégios.
A propósito: as pesquisas de opinião sumiram — o que sugere uma melhora na aprovação do presidente Lula e de seu governo.
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