
Nos atos bolsonaristas, o microfone é evangélico, mas a força mobilizadora vem dos católicos.
Ao contrário do que muitos imaginam, o bolsonarista que vai às ruas não é majoritariamente evangélico, mas católico. Segundo dados do Monitor Político, desde 7 de setembro de 2021 até o ato do último domingo (16), nota-se uma tendência clara nas manifestações bolsonaristas: a presença católica supera a evangélica e se consolida ao longo dos anos.
Em 2021, a divisão era quase equilibrada. No ano seguinte, os católicos já representavam metade do público, enquanto os evangélicos encolhiam para um quarto. Desde então, essa predominância católica se mantém. No ato recente em Copacaba, no Rio de Janeiro, os manifestantes eram 45% católicos e 31% evangélicos.