
“O problema fiscal está diretamente associado à taxa básica de juros,uma das mais altas do planeta. Cada ponto percentual da Selic representa dezenas de bilhões a mais transferidos para os rentistas em um sistema que alimenta a concentração de renda e drena o Estado”
“ O fato é que o congelamento em termos reais do salário mínimo não parece ser capaz, isoladamente, de encaminhar o reequilíbrio das contas públicas. O salário mínimo só foi reajustado pela inflação de 2017 a 2022, ao longo dos governos Temer e Bolsonaro, sem que tenha sido capaz de estancar o avanço da dívida pública.
Nesse período, a dívida pública bruta saiu de 74% do PIB, em 2017, para 71,7% em 2022, com pico de 86,9%, em 2020, ano do ápice da pandemia, e chegando a 77% do PIB, em 2021. Com reajustes reais do mínimo — e elevação nas taxas básicas de juros (taxa Selic) –, retomados por Lula em seu terceiro mandato, a dívida bruta subiu para 76%, em 2024.”
Mas é a solução proposta pelo economista ( na verdade o banqueiro) Arminio Fraga, tucano ( o que ainda é isso?) de quatro costados, congelar o salário mínimo por seis anos. Lembrando que entre aqueles que disputam a autoria das maiores taxas selic da história mundial, Arminio está entre os campeões. Quem esquece os 20% de juros reais anuais, para fracassar no combate à inflação? Pois essa foi a política do economista Arminio, depois transformado em banqueiro bilionário a exemplo de vários de seus pares.
E ainda folgueis por aí, um arauto do fracasso economico e da disposição sempre renovada de transferir o custo do estado para os mais pobres, exatamente quando estamos discutindo IR sobre rendas elevadas e no breve futuro imposto sobre dividendos e coisas que tal. Não por acaso volta para assombrar e propor as mesmas discussões que transformaram o Brasil no país mais desigual e injusto socialmente do mundo, exatamente por causa de políticas e propostas assim.
( O primeiro parágrafo copiei do Attuch do 247 l, o segundo e terceiro do Kupfer do UOL. A conclusão é minha)