
Estamos começando a perceber que o estoque de mentiras, memes e ataques—sem falar nas pautas morais com apelos cada vez mais escandalosos—mostra que a extrema direita vem perdendo espaço. Sem novidades e repetindo a mesma ladainha de 2018/2022, esse discurso parece já não chamar tanta atenção.
Mesmo as grandes causas do bolsonarismo, como a suposta fraude eleitoral e agora a “ditadura do Judiciário”, não despertam grande apelo popular, como ficou demonstrado na manifestação fracassada no Rio de Janeiro e na próxima, em São Paulo, que deve confirmar essa tendência.
A abertura do processo no STF, tornando Bolsonaro réu, pode servir para mais uma tentativa de se vitimizar—uma das estratégias favoritas da trupe fascista, que tem sido útil para manter mobilizada sua base de apoio.
E todos miram 2026, inclusive o STF. O cronograma inicial, que previa o fim do julgamento para o final do ano, já se desloca rapidamente para junho ou julho, o que demonstra o empenho da política institucional em se livrar de Bolsonaro.
Do bolsonarismo, no entanto, será mais difícil nos livrarmos. De alguma maneira, esse grupo permanecerá e precisa do nome de Bolsonaro como bandeira para sustentar seu projeto político, onde uma bancada numerosa no Congresso é uma questão vital.
O que estamos percebendo é o quanto a decisão do STF será determinante para essa corrida eleitoral de 2026. Assim que o nome de Bolsonaro estiver definitivamente fora do páreo—o que, na prática, já acontece, mas ainda sem uma condenação criminal pelo peso de uma tentativa de golpe de Estado e uma possível pena de 28 anos—, os apelos por anistia podem ganhar força.
Nos próximos meses, estaremos definindo a eleição de 2026, e os nomes já estão se colocando. Basta observar a desenvoltura atual da ministra Simone Tebet, que não recusa um convite para entrevistas e declarações na imprensa. Até o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem se mostrado mais ativo, tentando emplacar novas ideias com frequência. Estão em campanha? Para quem e para quê? Certamente seguem a recente orientação do presidente Lula para que seus ministros apareçam mais. Mas, como sempre, essas movimentações começam e nunca sabemos exatamente como terminam.
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