PIB de 2025 em queda. E a inflação?

Terminamos 2024 com números expressivos de crescimento do PIB. Novamente, saímos de previsões medíocres para um resultado significativo: 3,5% ou mais!

No entanto, dezembro mostrou um declínio no embalo dos meses anteriores, e janeiro segue no mesmo ritmo lento, segundo prévias e avaliações sobre a arrecadação, que sinalizam resultados a serem divulgados em breve.

Sem uma direção bem definida, a inflação começou fevereiro agitada, parece perder força, mas ainda precisamos de mais algumas semanas para avaliar melhor.

Semanas, porque meses para esperar, nós não temos.

O jogo se movimenta no fim de março, na próxima reunião do Copom do Banco Central, onde todas as apostas apontam para mais 1% de aumento na Selic — já a mais alta do mundo.

Esse acréscimo será fatal para as pretensões de crescimento do PIB no ano, ajustando expectativas e “ancorando” a economia no crescimento medíocre.

A discussão deveria ser — e voltamos ao início de 2023 — sobre a meta de inflação a ser perseguida. Os atuais 3% ao ano foram uma aposta errada da equipe econômica, que acertou em tantas outras frentes nos últimos dois anos, mas deixou essa escapar.

Se não quiserem mexer no número central da meta, os 3%, ao menos deveriam anunciar que passarão a perseguir o teto da meta, os 4,5%. Seria uma mudança de sinal sem alterar radicalmente as regras do jogo. E não seria apenas semântica, mas uma postura nova, necessária e eficaz. Porque isso nos libertaria de mais aumentos de juros.

Parece que, ao menos no primeiro semestre de 2025, o crescimento da economia está comprometido. E a inflação, embora ainda não tenha uma tendência definitiva, está caindo rapidamente.

Nesse cenário de incerteza, o Banco Central prefere “chutar para o alto”. A meu ver, um erro, porque já estamos no teto. Se há dúvidas, talvez a prudência — e não mais arroubos contracionistas — seja a escolha sensata e eficaz.

Se a questão for “sinalizar” para o mercado, um pouco de prudência faria bem. Está ficando claro o quanto o ajuste atual está causando estragos, e o BC não precisa ser o último a perceber e reagir. Nem o primeiro, é verdade — já há bancos reavaliando cenários, e até o Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do PIB de 2025 de 2,5% para 2,3%. Há instituições que falam até em 1,3%.

Fevereiro e seus índices, ainda a serem conhecidos, terão enorme importância nas expectativas e decisões futuras do BC. E eu não me canso de repetir:

Depois de aumentarem mais 1%, não adianta reclamar.

É agora ou nunca.

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