Queda ( momentânea ) na aprovação .

A Queda de Aprovação e as Razões por Trás dos Números

Antes de tudo, é importante não negar os fatos nem desqualificar pesquisas. O mais produtivo é entender as razões da queda de aprovação do governo.

A própria pesquisa destaca a confusão em torno da fiscalização de movimentações acima de R$ 5 mil no Pix como um dos fatores que levaram à atual desaprovação recorde. Vale lembrar que, na época, Lula ainda se recuperava das sequelas da queda, da cirurgia e das semanas de limitações — sobretudo de fala, o que dificultou uma resposta rápida às fake news sobre a portaria do Pix. Talvez, com uma comunicação mais ativa naquele momento, a queda na aprovação pudesse ter sido evitada ou ao menos minimizada.

De maneira geral, governos costumam enfrentar maior insatisfação no meio do mandato. Os primeiros meses são dedicados a ajustes que, muitas vezes, desagradam setores da sociedade, mas que preparam terreno para resultados melhores nos anos seguintes. O próprio governo tem repetido que 2025 será o ano de colher os frutos. O início de ano, no entanto, veio acompanhado de juros elevados e preços altos dos alimentos, fatores que naturalmente geram insatisfação e justificam o aumento das críticas.

A tendência, no entanto, é de recuperação. Com Lula retomando a presença diária no debate público, reforçando os feitos da gestão e anunciando novas iniciativas, além de uma publicidade mais assertiva para enfrentar a oposição, os índices de aprovação devem reagir.

Até porque, analisando a fundo, não há motivos reais para uma queda tão brusca.

É claro que um governo não precisa rebater a oposição a todo momento, mas quando as críticas atingem um ponto sensível — como agora —, responder se torna imperativo. E os resultados dessa reação não devem demorar a aparecer.

Além disso, vale notar que a pesquisa negativa contrasta com outra divulgada há poucos dias, na qual Lula vencia todos os adversários em todos os cenários eleitorais para eleição de presidente.

O povo pode estar insatisfeito, mas também sabe fazer suas escolhas.

📊 Dados da pesquisa:

  • Ótimo/bom: 24% (-11)
  • Regular: 32% (+3)
  • Ruim/péssimo: 41% (+7)
  • NS/NR: 2% (+1)

Mesmo com a queda, 56% ainda avaliam o governo como regular ou positivo. Ou seja, o cenário não é tão ruim quanto parece..

“Quando você ganha as eleições, no primeiro ano ninguém te cobra nada. No segundo ano, você começa a ter uma expectativa: ‘Ele não está entregando? Não vai entregar?’ O terceiro é o melhor para prefeito, governador e presidente. É o caso de 2025”. (Lula)


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