BC : “ em se confirmando”!

O estilo da Ata do Copom não é dos melhores, mas a mensagem é clara: mais um aumento de 1% nas maiores taxas de juros do mundo só ocorrerá se o cenário negativo previsto em dezembro se confirmar em março, na próxima reunião do Banco Central.

A atual ata do BC, que explica esse último aumento, não agradou. Não porque confirmou o aumento previsto em dezembro, ainda sob o comando de Campos Neto — na verdade, seria um total de 3%, escalonado entre dezembro, março e maio. O atual mandato de Galípolo parece indicar que essa alta subiu no telhado. O mercado finge que o aumento de março está consolidado e já direciona a discussão para maio, mantendo uma aparência de preocupação constante.

Está escrito: se mantidas as condições.

Quais?

O principal motivo da histeria no fim do ano foi um suposto descalabro fiscal, que não só não ocorreu, como a previsão fiscal de dois anos atrás foi confirmada. O discurso alarmista do presidente anterior do Banco Central foi substituído pelo silêncio sóbrio do atual, que mantém a seriedade indispensável para uma função tão sensível quanto a de dirigir o banco dos bancos, responsável pela guarda e saúde da economia inflacionária dentro dos parâmetros definidos pelo Conselho Monetário Nacional.

Sobriedade, seriedade, responsabilidade, compromisso. Tudo o que faltava na condução do Banco Central agora não falta mais. E para quem sabe ler, o dólar já não viaja mais para as estrelas.

Reafirmo minha percepção sobre o BC em março: não vai subir mais 1%.

Por quê? Porque o terrorismo retórico acabou, o dólar está caindo, a safra é generosa, os preços dos alimentos estão diminuindo e a previsão de chuvas está mais equilibrada.

Os sinais de queda da inflação, em uma atividade econômica restrita pela sequência de notícias falsas, já apareceram. Espero uma recuperação no segundo semestre, com um Banco Central mais honesto em seus compromissos.

Aqui e ali, os intérpretes da ata do Copom concordam com essa previsão, mas fingem que não, apenas para manter a pressão constante.

Não afirmo que não haverá aumento da Selic em março, mas percebo que será menor que os 1% contratados pelo antigo comandante, já aposentado de seu papel alarmista.

É isso. Aguardar para ver.

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