
Nesta semana, homenageamos as vítimas do Holocausto judeu provocado pelos nazistas da Alemanha, relembrando os 80 anos da libertação do terrível campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Alguns aspectos atuais merecem atenção.
Primeiro, todas as principais lideranças mundiais se reuniram no local para esse importante encontro – mas sem a presença dos russos, justamente aqueles que derrotaram os nazistas, libertaram os prisioneiros sobreviventes de Auschwitz e, na sequência, chegaram a Berlim, onde encontraram Hitler morto. A ausência da Rússia é um sintoma claro dos tempos atuais, agravado por imagens perturbadoras, como a projeção de Elon Musk nas paredes de uma das antigas fábricas do campo, repetindo o gesto de saudação nazista. Isso simboliza o espírito ou a intenção de alguns neste tempo conturbado.
Agora, Trump anuncia a criação de um campo de concentração em Guantánamo para 30 mil prisioneiros, revivendo práticas há muito banidas da história moderna. Um novo fascismo norte-americano parece se desenhar, para o desespero de todos nós.
Até onde querem chegar?
Até onde puderem.
Certamente irão longe, mas não o suficiente. Acreditem.
Uma crescente e irresistível reação começa a surgir logo nos primeiros momentos desse novo autoritarismo. A Europa, que conhece bem essa ameaça, já desperta, com a Dinamarca liderando um posicionamento conjunto contra as investidas de Trump na Groenlândia. Na América Latina, a resistência também cresce: Petro na Colômbia, Claudia no México e Lula no Brasil trabalham para fortalecer a união regional – com exceção da Argentina, onde Milei segue com seu espetáculo vazio.
Até agora, nada de útil ou efetivo surgiu do novo governo Trump. Apenas agressões contra imigrantes – e até isso soa como bravata arrogante, criminosa e contraproducente para os próprios interesses dos EUA.
Isso não vai durar. Ele usará a retórica para negociar.
Sabemos que a doutrina do choque do fascismo funciona assim: anunciam o apocalipse para depois impor medidas menos agressivas – mas igualmente nocivas – como se fossem concessões. Não enganam mais ninguém. Vencem na base da mentira, até que a perna curta se revele.
Até lá, será um período difícil, sofrido, talvez até terrível – como foi a condução da pandemia pelo nosso próprio fascista, Bolsonaro. Mas passará. Para quem sobrevive, passará. Para as vítimas, o único consolo será o julgamento da história.
E ele virá. Como veio para os nazistas.
Porque, como mostra a foto que ilustra este post, sem a nossa cumplicidade, eles não conseguem nada.
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