O presidente argentino Javier Milei, tão celebrado por certos setores da imprensa brasileira, segue sua gestão em meio a uma inflação de 120% em 2024 e a um país economicamente fragilizado. Apesar de um superávit comercial inédito em décadas, todo o saldo foi utilizado para segurar artificialmente o câmbio e conter ainda mais inflação.
Mesmo diante desses resultados duvidosos, a admiração por Milei continua forte entre seus apoiadores locais e internacionais. Agora, o presidente anunciou a construção de muros nas fronteiras da Argentina com Bolívia e Brasil.
É incerto quantos bolivianos de fato têm interesse em migrar para a Argentina, mas para os brasileiros o país já não é tão atrativo. Antes, estudantes brasileiros se beneficiavam do menor custo de vida e do acesso a universidades argentinas, mas essa realidade vem mudando. O modelo de controle cambial adotado por Milei e seu ministro da Economia, Luis Caputo, elevou drasticamente o custo de vida em dólares, tornando a Argentina um destino caro – especialmente para brasileiros, que enfrentaram uma valorização constante do dólar ao longo de 2024.
A construção desses muros não passa de mais uma manobra midiática, parte de uma sequência de medidas espetaculosas que pouco impactam os reais desafios econômicos do país, mas servem para manter parte da opinião pública distraída e mobilizada.
Enquanto isso, a Argentina segue atolada em dificuldades, e um ano de governo já se passou. O cenário econômico do país vizinho continua deteriorado, sem perspectivas claras de recuperação sustentada.
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