
O Ipea divulga uma importante pesquisa que atualiza os efeitos do Bolsa Família na economia e na vida das pessoas.
Impressiona que 46,8% dos lares brasileiros sejam amparados pelo auxílio. O mais relevante, no entanto, é que o estudo demonstra que o programa não afeta diretamente os níveis de emprego — uma distorção frequentemente proclamada —, mas eleva o rendimento médio das camadas populares. Isso ocorre porque o auxílio estabelece uma base mínima de negociação: pagar menos do que o valor recebido do governo torna-se inaceitável para os trabalhadores, o que parece óbvio.
Essa pode ser a razão da resistência e fúria contra o programa por parte de alguns setores. A insistência em falsos dilemas, como o argumento de que os beneficiários “preferem não trabalhar”, é apenas uma tentativa de justificar o desconforto de quem agora precisa pagar mais pelos serviços que utiliza.
Outro dado revelador é que jovens estão retornando à escola, a quantidade de pessoas atendidas volta mais rapidamente ao mercado de trabalho, e a economia melhora. Isso acontece porque distribuir um pouquinho para muitos é muito mais eficiente do que concentrar recursos em poucos.
Quem conhece regiões dominadas por latifúndios percebe que elas frequentemente produzem miséria, em contraste com áreas de pequenos proprietários, onde a produção é feita com muito esforço, mas acompanhada de dignidade.
Os benefícios do programa são inúmeros. Vou deixar um link para acompanhar os principais, conforme citados em reportagem do Terra: