A luta continua

A prisão de um general de quatro estrelas marca uma etapa inédita na história do Brasil. Pela primeira vez, golpistas e fascistas antidemocráticos, que utilizam o aparato público, especialmente dentro das Forças Armadas, estão sendo responsabilizados por seus crimes.

Estamos falando de séculos de crimes acumulados e de uma omissão histórica das instituições no combate a essa mentalidade autoritária. Não há precedentes para o que está acontecendo hoje. Este momento inaugura a soberania institucional e democrática contra o autoritarismo e a traição, mascarados sob o manto de um falso patriotismo.

O “verde e amarelo” dessa gente tornou-se o símbolo visível da violência, do entreguismo, da covardia e da afronta institucional.

O que aconteceu hoje não é uma vingança, mas uma afirmação de que o Brasil está enfrentando, enfim, essa presença nociva em nossa sociedade. Este é o início de um esforço histórico para aprofundar o momento atual, responsabilizando todos os demais envolvidos nessas tramas sombrias. Se ainda não estamos virando a página, demos hoje um passo decisivo nessa direção.

Há, no entanto, muito mais a ser feito. Há mais pessoas envolvidas, mais conspirações a serem expostas, e é essencial garantir apoio e vigilância para que todos paguem por seus crimes.

É preciso que o Congresso apoie as decisões da Justiça e que o governo mantenha seu respaldo às instituições. Somente assim poderemos fortalecer a democracia, afirmar nossa soberania e trilhar o caminho para uma sociedade mais justa e comprometida com os valores democráticos.


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