PIB de 4% aa.

O IBGE informou que o crescimento acumulado nos últimos 12 meses, encerrados em setembro de 2024, foi de 4%. Somente em 2024, o acumulado já é de 3,3%.

No 3º trimestre:

  • A indústria cresceu 0,6%;
  • Os serviços aumentaram 0,9%;
  • O consumo subiu 1,5%.

Esse é o 13º trimestre consecutivo de alta do PIB brasileiro.

E, como a figura acima mostra, o mercado não acerta uma. Pior: agora fazem previsões que são sempre negativas, mas nos 4 anos do desgoverno anterior, erraram os 4 para mais. Ou seja, nunca foi previsão mas torcida.

Não deveria surpreender ninguém, afinal, para essa gente, o ministro “Posto Ipiranga” era quem estava no rumo certo, e quem sabe fazer ajuste fiscal é a Argentina de Milei. Sempre lembro daquela piada do cavalo que o dono queria ensinar a viver sem comer e, quando estava quase aprendendo, morreu. Não há dúvidas de que, atualmente, o “cavalo” é a Argentina. Já o “Posto Ipiranga”, por sua vez, dizia que o Brasil estaria igual à Venezuela — que, diga-se, cresce muito nos últimos anos, bem mais do que a Argentina, para que fique claro.

Mas o nosso assunto é o Brasil. Neste último trimestre, encerrado em setembro, o crescimento foi de 0,9%, seguimos firmes e devemos fechar o ano com pelo menos 3,5%, talvez até um pouco mais. Para lembrar: no início do ano, as previsões não passavam de 1,4%, e, no final do ano passado, estimavam apenas 0,8%. Um escárnio de incompetência e má-fé, sempre com as piores intenções.

A inflação deve terminar acima do teto da meta, mas está mais alinhada com a realidade nacional dos últimos 20 anos do que a meta de 3%, que nunca foi alcançada. Em um país em que 60% da população economicamente ativa vive com um salário mínimo mensal, não dá para tratar a inflação como a única variável relevante a administrar. É claro que ela é importante, mas sem esquecer do “cavalinho”, que precisa da sua ração para sobreviver. O resto é “Posto Ipiranga” ou Milei. E, em breve, veremos também as presepadas de Trump, que prometem um enorme desastre.

O investimento cresceu 11% nos últimos 12 meses. Embora a base de comparação fosse baixa, estamos falando de níveis semelhantes aos de 2011. O aumento da Selic, iniciado em setembro, ainda não teve impacto significativo, mas pode afetar mais intensamente o cenário em 2025, que parece ser o verdadeiro alvo dessa política. Entretanto, segundo Trabuco, do Bradesco, só em São Paulo há R$ 240 bilhões já alocados para investimentos em 2025, mirando 2026 e anos seguintes. Extrapolando para o restante do país, podemos estimar mais de R$ 1 trilhão em investimentos programados para 2025.

Esse é o cenário: nada de desespero. Nem o dólar nem os juros têm conseguido desestabilizar a economia.

E, só para constar:

  • Superávit primário da Argentina em outubro: R$ 4,3 bilhões (com motosserra, pobreza crescente, inflação ainda alta, recessão, etc.);
  • Superávit primário do Brasil em outubro: R$ 40,8 bilhões (o segundo melhor desde 1997, com crescimento, inflação controlada, desemprego baixo, etc.).

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