Seguuuuuraaaa Peão!

A estátua de um touro é um ícone de Wall Street, a famosa rua de Nova Iorque onde estão localizadas as principais corretoras e bancos do mundo. E de lá, chegando até a nossa Faria Lima, guardadas as devidas proporções, o eco da gritaria tenta pressionar governos e ministros. No nosso caso, contamos com a completa omissão do Banco Central, que tem sido negligente e, diria, criminoso ao permitir que a especulação com o dólar corra solta, alcançando a marca de R$ 6,10. Um valor alardeado como recorde histórico, mas que é uma inverdade. No passado, a moeda, em valores atualizados, já ultrapassou R$ 8,40, bastando fazer uma simples conta que os “jênios” fingem desconhecer.

No entanto, nem isso deveria ser motivo de grande preocupação, uma vez que todos os fundamentos da nossa economia permanecem sólidos, sem exceção. Inclusive, o superávit primário, que alcançou quase R$ 40 bilhões em outubro, e o déficit líquido nos mantêm entre as economias mais líquidas do mundo.

Onde está o problema?

Na especulação. Na forma como nosso mercado está submetido a uma lógica financista que distorce a realidade. Hoje, o “rabo” do mercado futuro do dólar abana o “cachorro” do dólar à vista, como já expliquei aqui inúmeras vezes.

O futuro presidente do Banco Central, apesar de todas as justificadas desconfianças, mencionou a possibilidade de atuar sobre essa distorção no mercado futuro do dólar. Também falou sobre a excessiva influência do Boletim Focus na atuação do Banco Central.

Sinceramente, não espero muito de Galípolo. Ele me parece pueril e carreirista demais para o meu gosto. Mas, como nos ensinou o palhaço: “Pior que está, não fica”.

Ou fica?


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