
O título é uma provocação, pois, entre a trupe mambembe do golpe, civis e militares, não existe comparação entre os casos anteriores e o atual. E o que não faltam são confirmações de fatos, documentos, fotos e gravações de todos eles conspirando. Talvez só seja comparável a 1964, quando, apesar da mesma gente preguiçosa e incompetente envolvida, 1964 vivia um outro tipo de mentalidade, e o golpe vingou. Foi o desastre econômico, humano e nacional que vimos. O desgoverno Bolsonaro recente foi um aperitivo do que essa gente é capaz de destruir, roubar e continuar sem fazer nada. Artistas do ócio.
A temporada de dedos duros está apenas começando. Quem sai na frente bebe água limpa na delação. Tem uns aí que são irrecuperáveis, doentes de golpe e sangue, contra gente desarmada, bem entendido. Porque a covardia também é uma característica forte entre eles.
O que me leva ao chefe, Bolsonaro. Se pudesse, delataria todo mundo para se salvar. Como é impossível transferir a responsabilidade, empurra a culpa da tentativa de golpe para seus militares. Vamos ver o que lhe devolvem.
Outra coisa completamente equivocada sobre a personalidade de Bolsonaro é alguém temer o suicídio. Sua covardia passa longe disso. Fugir para algum lugar, aí sim. Por isso, manter seu passaporte retido é imprescindível.
Vamos entrar em semanas e meses de empurra-empurra, para ver quem entrega o outro primeiro. Mauro Cid é o exemplo; pulou fora no primeiro esfrega, e todos eles me parecem ter a mesma índole.
Nossa sorte – e azar – é que nenhum vizinho quer briga conosco. Mas tamanha quantidade de gente sem ter o que fazer vira isso aí. Só pensam em fazer besteira e arrumar uma boquinha.
Vamos ver se agora aprendem um pouco. Muito eu acho difícil, mas um pouquinho, agora, acho que vai.
São 800 páginas onde o nome de Bolsonaro aparece mais de 500 vezes. Tem de tudo, menos respeito, trabalho e dedicação ao Brasil. E seus parceiros não ficam atrás, seguem conspirando sem nenhuma razão, inventando cenários e soluções para as crises que eles mesmos provocam.
Dessa vez, não conseguiram escapar com mais uma autoindulgência e perdão, mas não por falta de tentativa: foram atropelados pela realidade.
A avenida para 2026 está escancarada e a lista de herdeiros anda agitada, embora sem saber onde agir. Já recolocam a banda na rua. Nosso Brasil cabe de tudo, inclusive o que não presta.
Mas tudo tem limite.
Tem?