Mais 60 dias.

O inquérito da Polícia Federal que apura as responsabilidades pela tentativa de golpe do dia 8 de janeiro foi prorrogado por mais 60 dias pelo ministro Moraes. A previsão inicial era para novembro, mas descobertas recentes – e gravíssimas – forçaram mais um adiamento, em uma investigação que a cada dia revela o alcance da trama do grupo palaciano anterior e os planos alucinados de todos eles, sonhando com o poder sobretudo para enterrar os crimes cometidos e escapar da prisão.

Algo que, a essa altura, parece impossível.

Não estou entre os que não acreditam na condenação do ex-presidente e sua tropa de milicianos, e ninguém pode dizer que os crimes cometidos não estavam evidentes. A questão é que os detalhes das operações criminosas, que vão sendo revelados, mostram que eles não tinham limites e passaram o tempo no governo tramando golpes, sem qualquer compromisso com o país. Enquanto o Congresso de Arthur Lira gastava o orçamento, os ministros participavam de esquemas e tramas, o presidente chefiava a turba, e o Brasil e seu povo que se virassem.

Ainda vou entender o que se passa na cabeça de quem elege um presidente com essas características. Os EUA acabam de fazê-lo, e a Argentina também está afundando com a escolha anterior. Estamos nos recuperando do desastre, mas muita gente ainda persiste no erro, sem dar sinais de mudança.

O que provocou mais um adiamento foi a descoberta de arquivos apagados nos celulares de Mauro Cid – sim, ele mesmo – onde dossiês detalhavam o tipo de segurança disponível para o presidente Lula e para o próprio ministro Moraes, incluindo armamentos disponíveis para a defesa de ambos, diante da possibilidade de confronto durante um plano de sequestro. Sim, o plano incluía o sequestro do presidente eleito e do ministro do STF. Quem lideraria a ação e com qual objetivo talvez ainda saibamos.

Considerando que Mauro Cid dispunha do plano, no mínimo tinha conhecimento e o aceitava, podemos imaginar quem seriam os autores do sequestro. E, sem nenhuma dúvida, é plausível supor que muitos deles ainda estejam por aí, vivendo suas vidas e planejando ou fugir, ou aprofundar suas ações.

Ainda não sabemos exatamente o que barrou essa gente – se foi a covardia, os EUA, a rápida reação mundial em reconhecer a eleição de Lula, a união institucional contra a tentativa de golpe ou a incompetência dos autores, sem uma proposta viável para assegurar o futuro de tamanha afronta. Talvez uma soma de tudo isso. O fato é que não conseguiram seguir adiante, e agora ou conseguimos encarcerar essa gente, ou eles voltarão com força dobrada.

Enquanto isso, está lá o maluco do Norte, fazendo os planos mais alucinados para mostrar até onde podem chegar.

Mais 60 dias. Espero que seja o fim de verdade. Continuo confiando que sim, ainda mais diante de mais essa gravíssima descoberta.

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