
Atualmente, é comum tentar resolver o “problema” do governo, como se ele realmente existisse. Não que não haja questões a serem abordadas, mas elas não são necessariamente as que estão sendo apontadas.
Antes das eleições municipais, não vi nem o governo nem o PT fazerem previsões sobre os resultados eleitorais. Aliás, com exceção do PL, que anunciou como meta alcançar 1.000 prefeituras e obteve 500, nenhum outro partido divulgou números antecipadamente.
Já analisei o resultado das eleições e refleti sobre ele, e não vejo necessidade de retomar o tema, pois, a meu ver, entre os vencedores está o governo.
Os gritos desnecessários sobre os próximos passos não estão condicionados pelos resultados municipais, para o desespero de alguns.
É justo e necessário se preparar para a eleição que realmente importa, em 2026. É razoável considerar os resultados municipais como indicadores, embora não como referência definitiva. Mas o verdadeiro jogo está apenas começando e, permitam-me dizer, quem está na frente é o presidente Lula.
Sim, existe a questão da comunicação, mas temos sobre isso um marco civilizatório, ético, moral e legal que orienta o comportamento durante o período eleitoral. Esse marco, que regula a mediação entre governo e povo, deveria ser respeitado ao longo dos mandatos. No entanto, o outro lado não o respeita, criando uma disputa desigual. Enquanto aguardamos a resposta da justiça sobre o crime cometido pelo governador de São Paulo, que divulgou graves mentiras durante o dia da votação com as urnas abertas, observamos que, dependendo da decisão judicial (ou da ausência dela – o que parece o mais provável), as disputas eleitorais podem escalar para níveis ainda mais profundos e ilimitados, repletos de abusos e inverdades.
Assim, nossas esperanças são desafiadas a permanecer em constante prontidão, engajamento e vigilância. Precisamos estar bem informados, com objetivos claros, para não cair nas armadilhas dos adversários.
O que fazer? Não é tão difícil. Busque manter-se bem informado por canais progressistas, ignore as mentiras, não espalhe escândalos sem verificação, confie nas respostas do governo que você elegeu e mantenha o foco na vitória em 2026, que depende de nós, e de mais nada ou ninguém.
Não tenha dúvidas de que o governo está fazendo e continuará a fazer sua parte. Que ele errará aqui e ali, e precisaremos ajudar a corrigir os rumos, tudo bem. Mas a disputa é profunda: é a razão e suas melhores escolhas contra a cegueira destrutiva do ódio e da divisão. Não percamos de vista o prêmio.