A volta dos que não foram.

Sempre que a brincadeira era sugerir filmes, o título acima era meu favorito.

Isso se assemelha ao que ocorre agora, com a insistência na análise derrotista das eleições e nas previsões sobre condições políticas insuperáveis de governabilidade no Congresso. Porque a direita venceu. Sim, a mesma direita que está no governo com ministros e cargos; a mesma que acompanha o governo em 80% (ou até mais) das votações nas duas casas e, eu diria, em 100% dos projetos de maior interesse do Executivo. Ou seja, nada mudou. E por um motivo específico: eles não têm um candidato à presidência para 2026 com condições de vencer Lula. Nas palavras do presidente do PL, analisando os resultados do segundo turno, nem a extrema-direita tem candidato ou voto suficiente para vencer a eleição presidencial em 2026.

Mais de 80% dos vereadores e prefeitos buscaram a reeleição, e 16 dos 19 candidatos à reeleição nas capitais foram reconduzidos ao cargo. A porcentagem relativa de votos mostrou crescimento numérico do PSD e do PL, embora não alcancem 10% do total nacional. Já o PT, com 5%, mostra como o lulismo é muito maior.

É verdade que a aprovação do presidente não é lá excepcional. Desde o início, temos visto aprovação e desaprovação divididas meio a meio, apesar dos ganhos econômicos e da retomada da racionalidade na administração pública nacional. Até mesmo a modesta — porém real — recuperação do PT nas eleições municipais não empolga, embora também não desanime. Seguimos na mesma toada, com as posições relativamente estáveis e sem previsão de grandes abalos pós-eleitorais no momento.

De certa forma, o ano já está resolvido: inflação dentro do limite da meta, em 4,5%, PIB com crescimento acima de 3%, desemprego em queda, salário médio em alta, e a discussão de cortes para cumprir o limite do arcabouço fiscal está na pauta da semana.

Finalizar a regulamentação da reforma tributária, acertar os novos presidentes das casas e concluir o ano com essas importantes realizações é o foco atual.

O próximo ano promete muito mais, dependendo de como o novo presidente do Banco Central agirá para destravar o crescimento e superarmos os atuais 3%.

Sim, o ano ainda não acabou, e muito ainda pode acontecer.

Por isso estamos aqui, atentos e tranquilos.

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