Desvendando o labirinto.

Todos os dias me deparo com as previsões derrotistas de chamados companheiros, analistas, quintas colunas e opositores. E o quanto eles têm convergido nas opiniões sobre o resultado do primeiro turno das eleições municipais. Enquanto o objetivo do governo e da federação foi ampliar a base e conter o fascismo — relativamente bem-sucedido e com esperanças de resultados semelhantes no segundo turno —, o que se vê é que tudo que não está na conta exclusiva da federação PT-PSOL-PCdoB é considerado derrota. Mesmo que o vitorioso seja alguém da base de sustentação e o partido tenha votado 90% das vezes com as teses do governo, sobretudo nas mais importantes.

Quem está mal das pernas e com dificuldades é exatamente quem foi o alvo principal da aliança contra o fascismo: os fascistas. Ainda não temos um balanço final, mas, como afirmei, o que se espera é que eles não consigam muitas vitórias, enquanto o centro, em alianças, segue obtendo os resultados mais importantes.

Alguns levantamentos numéricos, como um que mostra a falta de vínculo entre vitórias municipais e nacionais, outro que observa a mínima relação entre votos municipais e deputados federais eleitos, e uma última análise que dividiu o número de votos de cada partido pelo número respectivo de candidatos, indicam que esse resultado praticamente não variou nas últimas três eleições municipais. Somado à questão do número de votos no PT — 8,9 milhões, sem lançar candidatos em São Paulo e Salvador, o que traria uns 3,5 milhões a mais para esse total —, esse cenário seria considerado um grande aumento no número de votos totais do partido. Isso, segundo alguns, me leva a manter minha avaliação de que são vários os vitoriosos e alguns derrotados nas eleições municipais, com pouca ou nenhuma vinculação com as questões nacionais, e que a estratégia do PT foi razoável, ao contrário do que muitos veem como fracasso.

Além disso, temos o candidato francamente favorito para 2030, que vem fazendo um excelente governo e engrenando para dois anos finais de performance equilibrada, mantendo o crescimento sustentável.

O resto é “oba-oba” de quem sempre enxerga o copo meio vazio e prefere viver de prognósticos pessimistas, por alguma razão que me escapa.

Vida que segue, e vamos ao segundo turno.


Deixe um comentário