Rescaldo Eleitoral Parte 2

Enquanto esperamos o resultado do segundo turno, que dizem poder alterar um pouco as avaliações do primeiro — seja para confirmar a liderança da centro-esquerda, o crescimento da extrema-direita ou a recuperação do PT —, faço minha própria análise.

Não me alinho a essas perspectivas. Na minha visão, o resultado mostrou um crescimento do centro (onde está a base do governo), o isolamento da extrema-direita, apesar do crescimento, e a recuperação do PT, nessa ordem.

Temos a informação de que o PT elegeu 222 vice-prefeitos, além de ter mostrado crescimento em várias disputas. Numericamente, o partido deixou de somar votos em São Paulo e Salvador, o que, para alguns, poderia sinalizar uma recuperação incontestável no número de votos. Seriam cerca de 3 milhões a mais, totalizando aproximadamente 12 milhões, o dobro de 2020.

No entanto, o que estamos presenciando, sem ainda entender completamente, é uma sequência de declarações de dirigentes de diversos partidos. Alguns reivindicam mais espaço, outros lamentam os resultados, e o PT não ficou de fora.

Destaco algumas dessas declarações.

Contarato, que provavelmente será o candidato do PT ao governo do Espírito Santo, chamou atenção para as mudanças no mundo do trabalho, com destaque para o empreendedorismo, e sugeriu que o discurso do partido se ajuste a essa nova realidade.

O deputado Reginaldo fez uma observação semelhante, mas de forma menos clara.

O candidato à prefeitura de Belo Horizonte, vítima do voto útil em Fuad, anda um pouco contrariado. Sugiro que ele se mantenha mais tranquilo por enquanto, e ajude a derrotar o extremismo na cidade neste segundo turno. Mas entendo suas razões para estar aborrecido.

Por fim, o líder Gonçalves fez uma reflexão sobre o caminho até essas eleições. Reconheceu o crescimento, apresentou os números corretos — que já discutimos aqui — e deixou claro que a discussão mais aprofundada deve ocorrer após os resultados finais. A meu ver, essa é a abordagem correta.

Dizem que Lula não ficou satisfeito com o resultado, pedindo também uma reflexão sobre as mudanças na classe trabalhadora — algo que Contarato mencionou mais tarde. Quanto a se ele gostou ou não dos resultados, imagino que ele sempre queira mais, pois não chegou onde chegou sem ambição.

Vamos para o segundo turno, que parece reservar algumas surpresas e disputas mais acirradas do que o previsto. Mas, como sugere Guimarães, o melhor é esperar os resultados finais para uma avaliação mais completa.

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