
Mas não é uma qualquer, se é que existe uma. Estamos na véspera das eleições municipais, e as decisões, muitas vezes apressadas e impensadas, afetam cada vez mais nossas vidas.
A escolha do presidente anterior revelou-se uma fatalidade histórica. Ninguém sabia que logo depois enfrentaríamos uma pandemia mortal terrível, e ficaríamos dependentes das iniciativas de um incapaz, negacionista, cercado por alucinados religiosos e militares medíocres. Foi uma escolha trágica, que custou a vida de muitos e o atraso de todos.
Muitos dos atuais prefeitos, alguns tentando a reeleição, foram eleitos na onda negacionista, invadindo hospitais e desprezando vacinas. Faziam chacota com as vacinas chinesas. A verdade é que a maioria esconde o passado inflamado e faz cara de paisagem, tentando ocultar sua origem política e a escada do fascismo que usaram para ascender. Alguns ainda permanecem na mesma linha, prometendo combater o aborto ou proibir drogas, mentindo e sugerindo que o poder municipal tem alcance sobre essas pautas. E seguem em disputas importantes, sem nenhuma proposta, nenhum projeto, nada para ninguém além de seus grupos de interesse pessoal e restrito.
Mas há também um retorno no ar: câmaras destruídas podem começar a repor vereadores comprometidos, antenados, capazes de preparar mudanças futuras. Acredito nisso. Em muitos lugares, o movimento de voto útil em andamento vai barrar muitas figuras conhecidas do fascismo e impedir que outras entrem no barco da política institucional. Claro que, aqui e ali, muitos seguirão infernizando, e isso não é privilégio nosso, mas do mundo em que vivemos e seus desafios.
Mas hoje é sexta-feira, e um ambiente relaxado sugerido pelo poeta nos serve, favorece e inspira.
A luta é contra os fascistas. Depois, vamos juntando os cacos e seguimos.
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