O intragável Campos Neto, pinçado da tesouraria do Santander para a presidência do Banco Central, onde, com gosto, denodo e entusiasmo, obedecia a todas as diretrizes do antigo regime, sem dar um pio, resolveu seguir na falação desenfreada, sem sentido, sem propósito, sem razão. E vem superando-se em cretinice a cada nova rodada de impropérios.
Ontem, assumiu uma posição reveladora ao afirmar que a taxa de juros no Brasil tem que ser mais alta do que em outros países. E foi isso que esse sujeito passou os últimos dois anos fazendo, sem nenhuma razão objetiva — seja por inflação crescente ou um falso descontrole orçamentário. Repare que, a cada mês, a desculpa mudava. Ele seguiu alimentando, ora a especulação, ora a própria taxa de juros, sempre no sentido inverso da realidade e contrário às decisões do governo eleito e seu programa de crescimento econômico.
Ou seja, em sua verborragia intolerável, o tesoureiro assume sua disfunção publicamente, mas faltou explicar seus motivos.
E é isso que eu faço aqui.
Há tempos — tanto que nem sei dizer quando começou — que nossas empresas, todas, vivem mais da tesouraria e da aplicação financeira do que dos resultados de suas atividades. Ou seja, até uma empresa de prestação de serviços de saúde, uma escola privada, uma fábrica de sabão, ganha mais aplicando dinheiro nos maiores juros do mundo do que em suas atividades próprias.
Isso nos leva a imaginar como e quanto faturam bancos e financeiras em suas atividades. Essas sim ganham em cima da movimentação de dinheiro na economia.
E ganham muito. Demais. Completamente fora da realidade. E isso em um mercado quase monopolizado, com pouquíssimas opções de bancos no nosso mercado. Ou seja, para eles o monopólio serve; para eles, a concorrência com bancos estrangeiros não serve. Verdade que, recentemente, a concorrência aumentou, com o aparecimento de fintechs, bancos digitais e cartões de crédito, mas que — saiba — tratam seus funcionários não como bancários, mas como digitadores, atendentes de call center, fazendo isso para não pagar os acordos salariais dos sindicatos dos bancos, nem cumprir com a evolução da carreira dos bancários, que têm uma história de lutas sindicais importantes. Resumindo: são ainda piores que os bancos tradicionais e precisam de enquadramento, que é mais uma das responsabilidades que o atual Banco Central não cumpre.
Esse janeiro que não chega logo para nos livrarmos deste encosto no Banco Central… E o próximo presidente, Galipolo, que avalizou quase todas as presepadas da atual diretoria e concordou — até com explicações e argumentos — com todas as loucuras do Campos Neto. Ao assumir suas intenções maléficas, Campos Neto joga o boboca do Galipolo no fogo, que é quem vai precisar se explicar daqui pra frente.
Coragem, menino, vai precisar.
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Uma resposta para “Otoridade Monetária.”
wow!! 32Rescaldo preliminar.
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