51% aprovam e 45% desaprovam.

Embora a variação da aprovação do Presidente Lula oscile dentro da margem de erro, não deixa de surpreender a dificuldade em conquistar números melhores, sobretudo considerando a tendência de repetir seus governos anteriores, quando números próximos de 85% de aprovação eram corriqueiros.

O que aconteceu?

Se Lula pouco mudou e sua administração renova suas façanhas econômicas anteriores, onde está o problema?

Sem dúvida, uma parte importante da opinião pública segue envenenada pelas acusações da operação Lava Jato. Mesmo com aqueles falsos justiceiros desmoralizados e a operação contando seus últimos dias inglórios, as consequências de tantos anos de ataques causaram um estrago de difícil reversão.

Aos poucos, a aprovação vem melhorando. Comparado ao ex-presidente, em franca decadência e perto da prisão, a aprovação de Lula pode até ser considerada razoável. Os primeiros anos de governo são difíceis, com tantas coisas para arrumar, e sem perder de vista o seu programa, ele vem abrindo caminho em um país dividido, com um Congresso oposicionista no início e uma imprensa da pior espécie possível. Ele vai indo.

Sinto falta também de destacar a opção “Razoável” nas enquetes; faz muita diferença e consegue captar melhor as movimentações na opinião pública com mais precisão. Essa ausência favorece um ambiente de radicalização, onde a nossa imprensa prefere atuar nos últimos tempos. Senão, vejamos, na mesma pesquisa : Positiva: 32% (eram 36%); Negativa: 31% (eram 30%); Regular: 33% (eram 30%) e Não sabem/Não responderam: 4% (eram 4%). Observe como o delocamento dos extremos para “Razoável”, ameniza a avaliação da pesquisa, podendo afirmar que 65% aprovam o governo.

No fim das contas, a maioria segue aprovando, e essas queimadas recentes, que tentaram jogar no colo de quem faz de tudo para evitá-las e combatê-las, influenciaram negativamente os números atuais.


Deixe um comentário