
A única palavra que me ocorreu para traduzir a anunciada decisão de, pela primeira vez no atual governo, aumentar a taxa Selic — sem nenhuma razão técnica para tal — é a que dá título ao texto: afronta.
A dúvida está no montante: 25 ou 50 pontos. No final da tarde de hoje, saberemos.
É uma afronta, bilionária, interessada, politicamente motivada. Mas uma afronta.
Traduzida em reais, significa mais R$ 15 ou mais R$ 30 bilhões doados ao rentismo, em detrimento das reais demandas do país.
O total da despesa pública com auxílio, como o Bolsa Família, representa cerca de 1,7% do PIB, enquanto a despesa com o serviço anual da dívida pública — que cada rodada de aumento dos juros impulsiona — representa mais de 7% do PIB do Brasil.
Mas o problema, nos ensinam todos os dias os arautos do mercado financeiro, é o salário mínimo e os aposentados que ganham essa “exorbitância”.
Além dos R$ 50 bilhões dos investimentos do PAC, outro absurdo, segundo aqueles que acumulam os bilhões da Selic.
Poderíamos passar o dia ironizando o ridículo dos argumentos para justificar o assalto aos cofres públicos com o aumento da Selic nesta altura do campeonato. Mas como a disputa é permanente e amanhã é outro dia, os olhos e a expectativa estão voltados para janeiro, quando o atual governo assumirá a maioria no colegiado que define as taxas de juros do BC.
As barbas, como dissemos e repetimos inúmeras vezes, estão de molho quanto à eficácia da nova diretoria que assume em janeiro. Mas gente mais esperta do que eu já dizia que “navegar é preciso”.
Então…
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