A presidência do Senado do senador Alcolumbre, favorito para assumir a em janeiro, subiu no telhado. A ideia de que a política é como as nuvens, em constante modificação, passa a valer para a sucessão de Pacheco, após atingir o candidato de Lira.
De fato, Lira está mais perdido em sua própria sucessão, e parece mesmo condenado a ser atropelado pelo governo daqui em diante, embora o nome do próximo presidente da Câmara ainda seja difícil de prever.
No Senado, o mesmo mal que afeta Lira chegou: o vírus do bolsonarismo não agrada ao governo, e os acenos de Alcolumbre às pautas dos fascistas começaram a ser combatidos, embora ainda discretamente.
O pós-eleição municipal ganhou relevância, o que não deveria surpreender, já que a política vive de votos, e os escolhidos serão os que conduzirão o futuro até 2026, quando a porca torce o rabo.
Em todo caso, o futuro de Bolsonaro na cadeia e sua ausência na disputa de 2026 condicionam o presente. Se confirmada a tendência de recuperação das esquerdas nas municipais, isso embaralha a disputa futura, o que costuma provocar reações mais equilibradas e menos riscos extremos no presente.
Já observamos que pautas como a anistia para golpistas não passam de temas eleitorais, que morrem após as eleições municipais. A preocupação maior fica mesmo para 2026, quando o fascismo tentará aumentar suas bancadas no Senado, algo que ainda é imprevisível.
Até lá, a prioridade será o crescimento econômico, salários, renda e desenvolvimento, com um novo presidente no Banco Central e uma política monetária mais realista, liberando o crescimento do país.
A receita está definida, resta saber o que o nosso povo deseja e pretende.
As eleições municipais ganharam relevância, pois a mesmice dos extremistas parece minguar. Se essa tendência se confirmar nas urnas em outubro, a situação poderá mudar para melhor.