Jogando para a torcida

No cenário atual das movimentações políticas, tanto em relação às pautas bolsonaristas quanto à dinâmica dentro do Congresso, a tentativa de impeachment de ministros do STF, como Alexandre de Moraes, e a proposta de anistia para golpistas parecem ser mais estratégias para atrair atenção e reforçar a base de apoio nas eleições municipais, especialmente em cidades menores. Essas táticas jogam com o antipetismo e tentam reconquistar um espaço perdido com a falta de liderança e direção clara no campo da extrema-direita.

O esforço concentrado do Congresso trouxe algumas vitórias importantes para o governo, como a reoneração da folha de pagamento, uma pauta que muitos julgavam perdida. Contudo, a questão da transparência das emendas parlamentares e a regulamentação da reforma tributária acabaram adiadas, refletindo as tensões nas sucessões para a presidência das casas legislativas, principalmente na Câmara, onde o cenário ainda está incerto e acredito que um terceiro e ainda desconhecido nome vai levar a presidência.

A fragmentação no campo bolsonarista, sem liderança definida e com pautas cada vez menos mobilizadoras, revela a perda de foco e de uma agenda concreta. A aposta no antipetismo como última bandeira de resistência pode render frutos eleitorais em algumas regiões, mas parece insuficiente para uma recuperação política mais ampla, especialmente sem um projeto de poder claro. A tendência é que esses movimentos sejam mais simbólicos e destinados a manter a relevância mínima em um cenário político em constante mudança.

Considerando que muitos dos atuais Prefeitos foram eleitos negando vacinas, negando pandemia e invadindo hospitais para aparecer, é fato a atual entressafra de presepadas e o vazio de tais lideranças.

Em todo o caso, em poucas semanas teremos o quadro completo.


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