
Parece que as denúncias prometidas por Glenn Greenwald e publicadas pela Folha não tiveram o impacto esperado, especialmente no contexto político e jurídico brasileiro. A promessa de uma “montanha de informações” que traria grandes revelações sobre o Ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou gerando mais barulho do que substância, e os supostos escândalos não trouxeram provas contundentes que pudessem realmente abalar as instituições.
Essa postura de Glenn, frequentemente alinhada com uma visão liberal absoluta da liberdade de expressão, o coloca em uma posição de confronto com instituições que, no Brasil, têm sido fundamentais para combater a desinformação e proteger a democracia, sobretudo em momentos críticos como as tentativas de golpe e a propagação de fake news pelas redes bolsonaristas. Ao que parece, Glenn falha em contextualizar as lutas locais e as especificidades da política brasileira, adotando uma visão mais globalista e descolada da realidade. Além de muita arrogância.
Enquanto isso, a Folha, conhecida por sua posição crítica ao governo e às instituições estabelecidas, viu nessa parceria com Glenn uma oportunidade para abalar o cenário político e promover uma narrativa de excessos por parte do STF. Porém, ao invés de revelações escandalosas, o que foi entregue acabou reforçando a narrativa contrária, expondo uma falha ao tentar pintar o STF e o ministro Moraes como vilões do momento.
O papel de Glenn no apoio indireto a visões de extrema-direita, como as de Trump, evidencia suas motivações pessoais, o que fica ainda mais claro quando se observa o cenário dos EUA, onde ele parece negligenciar os perigos do fascismo crescente para defender suas convicções libertárias. Sua incapacidade de reconhecer o papel de Trump na polarização e radicalização política, tanto nos EUA quanto no Brasil, mostra uma visão distorcida da realidade.
No fim, o resultado foi uma “montanha” de expectativas que não entregou nada significativo, reforçando o enfraquecimento do bolsonarismo, especialmente com o baixo engajamento nas ruas e na Paulista. A estratégia da extrema direita, de tentar se reorganizar através de escândalos fabricados ou ampliados, parece ter atingido seus limites, e o “mito” continua a perder terreno, sem perspectiva clara de futuro.
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