
O cenário para mais uma alta dos maiores juros do mundo está pronto. Mesmo na contramão do resto do planeta, os últimos moicanos do fascismo, aboletados no Banco Central do Brasil, preparam seu “canto do cisne” – não para morrer, mas para nos arrastar para uma agonia sufocante de juros.
A pancada do anúncio do índice negativo de inflação em agosto parece ter efeito zero. Essa turma não lida com a realidade, mas com seus próprios modelos teóricos, cuidadosamente desenvolvidos para lesar o patrimônio público em bilhões. Repito: bilhões.
O boboca do Galípolo, até aqui apenas um boboca, anda dizendo que vai se ausentar da reunião do Copom no próximo dia 17. Alega uma desculpa que nem vale a pena repetir, de tão insossa. Temo sinceramente que o escolhido para assumir o Banco Central do Brasil nos próximos anos não passe de um insosso, que nos custará os olhos da cara.
Sua atuação até o momento na direção do BC, salvo uma discordância meia boca com Campos Neto meses atrás – que foi tratada como um escândalo – serviu apenas para Galípolo enfiar a cabeça na areia, no estilo avestruz.
Se isso lhe serviu para conquistar a tão almejada indicação, espero que não. Nem de longe acredito nessa conversa de que ele e os diretores indicados pela atual administração estão apenas esperando as futuras nomeações para formarem maioria no colegiado. Já discutimos exaustivamente essa bobagem. Isso seria o mesmo que dizer que, a partir de janeiro, darão um “cavalo de pau” na política monetária do BC.
Eu sei que pagar bilhões em juros da dívida pública, que mais parecem agiotagem, é o pedágio cobrado para que um governo progressista possa governar em paz. Banqueiros e outros aproveitadores – e são muitos – enchem os bolsos e deixam Lula e o PT governarem. Eu sei disso.
Acredito muito em um presidente do Banco Central mais proativo, como Campos Neto, mas com a motivação correta, voltada para o interesse do Brasil e não de uma pequena porção de especuladores.
Seria pedir demais?
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