
“Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”
“O manifesto foi assinado por 37 militares e recebido pelo então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid, na noite de 28 de novembro de 2022 —véspera da publicação. Agora, 26 deles, que já receberam punições disciplinares, responderão a um Inquérito Policial Militar (IPM) por que foi detectado que há “indícios de crime”. O IPM terá 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para ser concluído.
A carta foi encontrada no celular de Mauro Cid durante as investigações da Polícia Federal, após o depoimento do ex-comandante da Força general Marco Antônio Freire Gomes, que revelou a existência do documento. Segundo ele, o objetivo era pressioná-lo a aderir ao golpe tentado, no dia 8 de janeiro de 2023
A carta teria sido articulada por militares nos dias logo depois do segundo turno, quando as conspirações a favor de um golpe aumentavam, e o texto dizia que “covardia e injustiça são as qualificações mais abominadas por soldados de verdade”.
Participação de 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento. Dos quatro que redigiram o documento – que os demais assinaram -, dois são coronéis da ativa – Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura – e dois estão na reserva – Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.”
Os trechos acima foram copiados de uma reportagem no Estadão, que aproveita a oportunidade do fato ter voltado à baila e conclui isentando o Alto Comando Militar de responsabilidade.
Isso, no entanto, não corresponde à verdade.
Com a questão sobre a atuação do Alto Comando das Forças Armadas ainda em banho-maria, os bobocas que nada faziam ao assinar e divulgar tal carta golpista — senão tentar agradar aos chefes — acabam enfrentando as consequências que deveriam ser atribuídas a quem de fato comandava a tentativa de golpear nossa democracia.
E nem seria a primeira vez.
De qualquer forma, após meses de espera, os bobocas estão com os nomes expostos e carreiras manchadas, no mínimo. Se algo mais acontecerá, vamos aguardar, porque se ficar apenas na esfera militar, sem manifestação da PGR civil, provavelmente não passará disso.
Até agora, os bobocas se juntam àqueles outros otários que invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. Os verdadeiros mandantes e financiadores continuam soltos e disputando eleições.
Vamos ver até quando.
Vale mencionar que circula uma história de que Bolsonaro estaria negociando o fim das investigações sobre a venda das joias em troca de não comparecer ao próximo 7 de setembro com Malafaia, quando mais uma vez pediriam a cabeça do ministro Moraes.
Bobagem. Se nem quando era presidente as ameaças funcionavam, agora…