Pra não dizer que não falei das flores.

Escrevo com a notícia da medalha de ouro da Rebeca no solo, uma consagração mais do que merecida e anunciada. Até por sua maior adversária. E vimos as demais concorrentes acompanhando o solo vencedor com entusiasmo e espanto. Como nós.

A participação do Brasil, no geral, acompanha de perto as previsões dos especialistas e segue uma evolução discreta a cada olimpíada.

Quase todos os atletas recebem dinheiro do governo, no Bolsa-Atleta, com valores proporcionais ao ranking e à expectativa de desempenho nas disputas mundiais.

Também esse investimento nos atletas foi interrompido pelo golpista Temer e na sequência do desgoverno Bolsonaro. Não por acaso essa gente quer destruir a cultura e o esporte, para manter a cabeça baixa dos pobres, que são os nossos medalhistas como podemos ver.

Nos anos 80 e 90 do século passado, a gente torcia por medalhas no iatismo e hipismo, modalidades sem apoio do governo por motivos óbvios. Do início do Bolsa-Atleta para cá, muito mudou no nosso desempenho nas olimpíadas, claro que necessitando de décadas de formação de atletas, técnicos, conhecimento e disputas internacionais para a adequada preparação de atletas mundiais.

A interrupção a partir do golpista Temer afetou o desempenho agora em Paris. Ninguém e nada passam impunes a desgovernos.

Mas agora teremos alguns bons anos para retornar e não partimos do zero. O que foi conquistado fica na memória dos atletas e treinadores, quando capazes de trabalhar, a flor renasce como quando uma chuva cai no deserto.

Temos muito o que colher ainda nessa olimpíada em Paris, e esperar que nossas flores continuem recebendo a quantidade justa de apoio e reconhecimento para florescer mais e ainda melhor.


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