
Como tudo na vida, a escolha do vice candidato para compartilhar a chapa majoritária pode servir para atender estratégias de curto ou médio plano. Longo prazo em politica é coisa exclusiva dos mestres .
Vamos até o Rio de Janeiro, ou Recife, onde tanto Paes quanto Campos Neto não abrem mão da escolha, mesmo desgastando as alianças , porque pretendem depois a candidatura ao governo do estado e precisam, ou preferem, deixar um aliado no lugar. Sobre essa pretensão de deixar um aliado ou um herdeiro na política cabe um livro, de mágoas e traições, mas vá lá, deixemos os dois na sua estratégia.
O caso da Dilma escolher Temer, que deve ter sido a maior trairagem da história do Brasil, se remete antes a escolha de própria Dilma, que sempre foi leal e parceira, no contexto do mensalão e da necessidade de enfrentar as acusações do mensalão e da ofensiva jurídico-midiática , além da guerra híbrida contra o Brasil. Lula disse que poderia ter sido ele o candidato de 2016, caso Dilma não exercesse seu direito de tentar a reeleição. Que de fato aconteceu, e acionou o golpe porque a oposição sabia que em seguida viria o próprio Lula e o sonho da presidência praticamente desapareceria para uma geração de oportunistas.
E estamos na expectativa de quem Kamala vai escolher para seu vice. Certamente um homem branco, o que mais tem no mercado da política ocidental. Observemos que Trump fez a sua escolha antes da desistência de Biden e num certo sentido amarrou a sua chapa numa única direção, escolhendo um clone mal ajambrado de parceiro. Chapa que impede o avanço no eleitor indeciso, que pouco ou nada acrescenta sendo já contestada no novo cenário pós Biden.
O que Kamala vai fazer é adiar ao máximo o nome do indicado, para lançar a carta na hora mais importante, tendo assim a oportunidade de mexer no cenário mais uma vez a seu favor.
Trump pode até retrucar, mudar seu parceiro para também trazer impactos ,mas, veja, nesse caso seria mais uma operação defensiva que exatamente um ataque. Claro que pode funcionar, numa disputa por si parelha e imprevisível. Mas não deixará de mostrar fragilidades .
Hoje tem Venezuela e já teve células terroristas tentando aquela de derrubar torres e provocar caos. Por aqui fizeram, lembram? E não sabemos até hoje quem foi . Mas as notícias por lá é que a eleição transcorre em paz, muito vigiada e aparentemente com grande participação .
E o vice do seu candidato a Prefeito?