
O blá-blá-blá na véspera da eleição na Venezuela envolvendo Lula, Maduro, Fernández e até a ministra do TSE Cármen Lúcia, não foi bom, fragilizando uma eleição que por si só já seria pra lá de complicada.
A oposição na Venezuela parece que vai perder, e, apesar das pesquisas para todos os gostos e resultados que saíram quase diariamente, a eleição vai ser apertada, segundo afirma Brian Mier, correspondente da Telesur que está em Caracas acompanhando a véspera do pleito que escolherá o próximo presidente da Venezuela.
Mas o que nos interessa observar é que, ou o presidente Lula dispõe de alguma informação reservada e procura se preservar ou mesmo preservar a eleição na Venezuela para que funcione da maneira mais transparente e eficaz possível, ou ele decidiu se colocar acima da história conturbada do país vizinho, numa crítica pesada logo na véspera e por motivos não muito claros.
Que, a meu ver, poderiam ficar para depois da eleição, a menos que a gravidade ainda desconhecida demande uma resposta ou posição antecipada.
Maduro falou em banho de sangue na hipótese de vitória da oposição, mas se referiu à violência que seria desencadeada contra ele e seu grupo. Lula pareceu entender que Maduro ameaçava de alguma forma, o que não foi o que entendi vendo a declaração completa. É bom lembrar que a retórica de guerra em caso de derrota, seja em que contexto for, não é exclusiva de Maduro. Trump a repete diariamente em seus comícios, Bolsonaro o fez em várias ocasiões, e todos se deixam levar por retórica inflamada que não se confirma depois, felizmente.
Não bastasse Lula, o ex-presidente Fernández da Argentina concordou com as falas do nosso presidente e foi desconvidado a comparecer como observador. E Maduro, retrucando a fala de Lula, afirmou que a eleição no seu país é mais segura que nos EUA, na Colômbia e no Brasil, porque lá as urnas são auditadas. A fala irritou Cármen Lúcia, que cancelou a ida de observadores do TSE no dia da eleição, que acontece no próximo dia 28.
Ou seja, um festival de tropeços, aparentemente desnecessário e intempestivo, que acaba por isolar a Venezuela ainda mais nesse momento tão importante e decisivo para os próximos anos no país.
Se foi tudo retórica, as falas de todos os personagens e suas atitudes estão equivocadas.
Se alguma coisa acontece sem o nosso conhecimento, também não é bom e deixa em suspenso o processo eleitoral, que por si só é um desafio dos maiores para qualquer país no mundo.
Torcemos pela paz, por eleições livres e que vença Maduro, ainda o nome para conduzir a Venezuela nos próximos anos, apesar de todos os pesares e enormes dificuldades, inclusive pessoais.
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