Powell permanece no FED “se fizer a coisa certa”, diz Trump.

Uma coisa muito interessante acontece quando o mercado, na falta de um candidato que cumpra suas obrigações de manter a economia centralizada nas mãos de poucos interesses e conceda algumas migalhas para todos os demais, apela para qualquer um desde que a peteca do liberalismo não caia.

No caso dos EUA, ambos os candidatos cabem no figurino, mas Trump, com sua agressividade e radicalismo pró-mercado, além do discurso elitista, exclusivista, excludente e racista, agrada ainda mais aos super ricos.

A parte divertida de Trump é que ele não finge tanto quanto normalmente fazem os líderes do norte. Ele chuta o balde das aparências e deixa todos atordoados e sem saber exatamente como reagir. Porque, na verdade, muitos dos dogmas e roteiros que tanto fazem questão de preservar não entregam resultado nenhum em contrapartida, ou o fazem de forma medíocre, como se qualquer outra situação prevalecesse.

Por exemplo, Trump acabou de dar uma entrevista – que você não vai ler aqui no Brasil em lugar nenhum – na Bloomberg, que é um bunker na defesa de teses liberais, e mandou um recado para o presidente Powell do Banco Central do EUA , para que não reduza os juros até novembro, quando a eleição do novo presidente se decide.

Além disso, afirmou que Powell, cujo mandato no suposto banco central autônomo vence em 2026, será respeitado por ele se Powell “fizer a coisa certa”.

Além de evitar cortes dos juros nos EUA, Trump não explicou mais nada sobre o que consistia “fazer a coisa certa”.

Mas o recado está dado.

A Bloomberg está perplexa, seus comentaristas, analistas e jornalistas estão incrédulos, temem uma hecatombe ou coisa parecida. Mas o recado está dado. E o provável novo presidente – segundo as pesquisas atuais – não garante autonomia nenhuma ao FED e muito menos respeito a mandatos supostamente intocáveis.

Numa pernada, manda tudo às favas e a máscara dos liberais cai. Mais, ficam inteiramente nus, sem nenhuma reação ou alternativa diante da vontade soberana do presidente eleito.

Alguma coisa me coçou aqui, quando lembro que engolimos dois anos desse cretino no nosso Banco Central boicotando a política do novo presidente e do seu programa eleito. Talvez Trump tenha alguma coisa a nos ensinar.

Ou ele vai trazer só confusão e descrédito para a política econômica nos EUA?

Ano que vem saberemos, ou não. Mas que ele nos provoca, isso ele faz. Talvez porque, em alguns momentos, damos crédito demais e levamos a sério demais algumas coisas que nem merecem tanto crédito e nem são tão sérias.

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