Lema da cavalaria : rápido e mal feito.

Refleti muito antes de concluir este post, porque uma crítica nessa altura do campeonato e sobre um tema tão importante quanto a regulamentação da reforma tributária recém-aprovada merece cuidado antes de acontecer.

Não vou relembrar o tamanho do feito para o eventual leitor, desde que me entendo por gente, há algumas décadas, acompanhei tentativas frustradas por diferentes governos e legislativos sobre a matéria.

O que é então?

A pressa, a maneira como a Câmara dos Deputados aprova as matérias nesses últimos anos, as boas e as ruins. O estilo não me agrada, na verdade me assusta, permitindo que a prática rotineira do legislativo seja atropelar sempre que assim decidem fazer.

É o tipo lamentável das lideranças dos últimos anos, a lógica de acordos ocultos e interesses escamoteados, decidindo o futuro sem a participação transparente da sociedade.

Não que a matéria tenha deixado de transitar em comissões, audiências públicas, que o relator tenha sonegado o debate na imprensa ou coisa parecida.

É a pressa, e como quase tudo fica para ser sabido e refletido depois da coisa pronta.

Agora no Senado, eles pensam em mudar muita coisa e não fazer a votação no atropelo, e vamos ver se vai ser assim mesmo. A parada de meio de ano com as férias dos congressistas vai ajudar, uma vez que o texto aprovado na Câmara circula e quem estiver interessado vai poder debater.

Ninguém imagina a aprovação de uma lei tão importante sem a presença de lobbies e interesses comerciais em disputa. Que façam o seu trabalho. A queixa está no açodamento e um sentimento de que a sociedade incomoda quando participa ou questiona.

Não precisa ser assim.

E, sim, apoio a reforma e sua regulamentação. Só quero entender muito mais e melhor o que está sendo decidido.


Deixe um comentário