Hierarquia invertida.


Do caso do roubo das joias, diz a imprensa se tratar das mais graves acusações ao ex-presidente até agora, nivelando com a falsificação do cartão de vacina e a tentativa de golpe de estado.

Manter parelhas uma falsificação de cartão de vacina e um golpe de estado já seria chocante.

E o crime de falsificar cartão de vacinas é o que quando comparado a negar a pandemia e não fornecer vacinas a tempo para salvar milhares de vidas? E, por fim, a tentativa de golpe de estado alinhada na mesma prateleira desses crimes de roubar jóias e falsificar cartão ? Lembrando que sobre os crimes cometidos na pandemia não temos nenhuma notícia.

E lembremos mais, que o ex-presidente está inelegível porque afrontou o estado de direito e a eleição, mas esses crimes nem saíram do crivo do tribunal eleitoral, mesmo com toda sorte de incitação naqueles 7 de setembros tenebrosos e um passeio de blindados fumegantes na porta dos palácios de poder em Brasília.

Vamos ver até onde chegamos com o futuro processo de tentativa de golpe de estado, esse sim na sequencia dos indiciamentos, que não pode ficar nos bagrinhos. Além do ex-presidente, temos generais naquela articulação terrível; se agora estão escondidos nos pijamas, nada significa, e o julgamento precisa alcançar todos eles, inclusive deputados e senadores, além dos que investiram dinheiro na fracassada quartelada.

Estamos aguardando os indiciamentos de Augusto Heleno e Braga Neto, imperiosamente. Tem outros que formavam e ainda formam o Alto Comando das Forças Armadas, que não podem passar ao largo das consequências de seus atos criminosos. As investigações certamente chegarão lá.

Em algum momento teremos que colocar cada um dos crimes na sua real dimensão, por enquanto vamos no ritmo dos indiciamentos. Mas vamos na seguinte hierarquia. : roubo de joias, falsificação de documento oficial, tentativa de golpe de estado e crime contra a humanidade, no caso das omissões durante a pandemia.

Somados, devem dar uns mil anos de cadeia.


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