O corte anunciado.

Como imaginado, Haddad direcionou o corte no orçamento de 2025 de 25,9 bilhões em revisões de despesas, sobretudo nos chamados BPC, que são relativos à seguridade social de quem pouco ou nada contribuiu.

Uma explicação sobre a explosão da concessão do benefício durante a pandemia, com o afrouxamento de regras ainda em vigor, explica a escolha da passada do pente fino. Não vem ao caso entrar em detalhes aqui, a ideia é por aí.

Na Fazenda, há quem aposte que ainda uma economia maior será alcançada, além dos 25,9 bilhões de alvo.

Pois bem. Tudo certo, me parece razoável, até justo, que concessões passem por revisões periódicas para ajustar objetivos e alvos. E reconhecer que atualmente o Brasil paga R$ 100 bilhões anuais em BPC e é obrigatório zelar desse montante com cuidado responsável.

O que lamento é que, apesar de justo, certo, correto, zeloso e até uma boa ideia, não deixa de retirar esse dinheiro das mãos de quem mais precisa, enquanto somente 0,5% de queda nas taxas escandalosas dos juros seria suficiente para cobrir com folga esse pagamento.

É o que temos. Na discussão da reforma tributária e na cobrança de impostos da cesta básica, o presidente Lula tentou incluir a carne, acho que somente a de frango, para baratear e aumentar o consumo de proteína. Parece que ainda não conseguiu, mas a bancada da morte está desde já conseguindo diminuir impostos de armas e munições, a mesma que impede a redução do imposto da carne. Entendi que, segundo esses deputados, armas e munições devem estar na cesta básica dos brasileiros e carne não.

É preciso estar sempre atento a esse tipo de discussão e anotar quem defende esse tipo de alucinação criminosa, para serem eliminados nas próximas eleições. Parece impossível, mas a eleição na Inglaterra e na França, nos mostrou esta semana que não, varreu para fora do parlamento alguns nomes que ninguém jamais imaginou. Vamos por aí, porque assim é que chegamos lá.

A propósito, nas próximas eleições municipais, o MST concorre com 700 candidatos em todo o Brasil. Daí, e só daí, dos jovens e idealistas, que virá a mudança.


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