A divulgação do IPCA-15 em 0,39% para junho, abaixo das expectativas do mercado, com um soluço no acumulado dos últimos 12 meses – talvez até por esse câmbio frouxo e perigoso em alta – não interrompeu, a meu ver, a sequência de queda no ano de 2024; começamos janeiro com 4,72%.
O fato é que, mais uma vez, as previsões do mercado estão furadas. O crescimento da atividade econômica não está provocando inflação, mesmo com a base de empréstimos bancários crescendo quase 10% em maio, o que também acabou de ser divulgado.
Observe no gráfico acima que tem ano de IPCA-15 praticamente estável, quando não decrescente.
No front externo, o que está acontecendo é a queda de preço de commodities, o comércio mundial diminuindo e não acelerando, e o petróleo com oferta equilibrada e preços estáveis.
O único risco que enfrentamos é a manipulação e mentira e o câmbio frouxo. Está alto porque o BC abandonou ao Deus dará a flutuação do câmbio, que poderia ser melhor administrado e sem tanta variação. Esse câmbio sim pode ameaçar alguma inflação, se é que já não o faz, como esse pequeno aumento em junho do IPCA-15 pode revelar.
O cuidado maior, me parece, está em outro lugar. Talvez a discussão dos juros no Brasil tenha tentado entrar em outro patamar, com uma retirada estratégica dos novos diretores indicados pelo Lula da discussão para a queda das taxas, ou até mesmo uma certa concordância com as teses de manutenção nas alturas. Se isso ocorre, ou ocorreu, é preciso confrontar essa posição com os números, com a realidade inflacionária e não as seguidas previsões equivocadas que reiteradamente encaramos. O chute para previsões pessimistas acontece todos os dias, os números depois não confirmam e o mal está feito. Ora, deixar o câmbio escapar vai provocar inflação mais para frente, e a profecia do caos se encarrega de promovê-lo.
É preciso parar com isso. O presidente Lula também vai ver os números de hoje, vai conversar com muita gente esperta e vai, talvez, perceber que tem gente tentando enganar com essas previsões. O momento da política no Brasil está em véspera de eleição, a pauta bolsonarista ficou no moralismo e no punitivismo, um certo fortalecimento dos partidos de esquerda, até inesperado a meu ver, pode se confirmar em um resultado eleitoral melhor. E outros desdobramentos estão sendo especulados até sobre a sucessão presidencial de 2026, que vamos tratar um pouco mais para frente, estão em movimento com as decisões envolvendo o Banco Central e o ministro Haddad.
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