Dispensado.

O presidente Lula aparentemente mudou sua estratégia de comunicação. Praticamente todos os dias, ele concede uma entrevista para uma rádio do estado onde está visitando. As inaugurações e lançamentos de programas continuam acelerados, visando o crescimento da economia, induzido por obras e iniciativas com recursos públicos – enquanto aguarda o despertar do capital privado – e também de olho nas eleições municipais. De um jeito ou de outro, suas entrevistas pautam a grande mídia, atraem críticas, impactam o dólar e a bolsa de valores – segundo seus críticos – e têm alcançado muita gente, cumprindo um papel inestimável de prestação de contas, anúncios e conversa direta com o povo.

Mas uma coisa, entre tantas, tem me chamado a atenção: Lula não fala mais o nome do Bolsonaro.

Eu escrevi aqui mais de uma vez, no passado, o quanto a citação de Bolsonaro por Lula servia para expor o espantalho derrotado, que amedrontava e servia para manter atentas as tropas, tanto de um lado quanto do outro.

Mas esse tempo parece que passou.

Ouvi dizer que evitar a referência ao ex-presidente seria para atender a uma solicitação dos marqueteiros do Planalto. Segundo eles, a aprovação de Lula caía quando ele insistia na referência a Bolsonaro.

Pode ser, é até provável.

Mas por que o eleitor inclinado a aprovar Lula não quer mais saber do ex?

Por que o espantalho não serve mais?

Se a imagem do espantalho faz sentido, então vamos seguir na alegoria e tentar explicar: se não existem pássaros malvados ameaçando a plantação, a presença do espantalho é dispensável.

Ou seja, para os simpatizantes do presidente Lula, ele pode dispensar o espantalho Bolsonaro de sua horta.

E do lado de lá, fazem o mesmo?

A cena da última propaganda eleitoral do PL, com seu presidente Valdemar sentado na cadeira e afirmando ao Brasil que, se não for possível contar com a candidatura do Bolsonaro, o ex-presidente vai escolher o futuro candidato do partido. Faltou, entretanto, combinar com o próprio Bolsonaro, que afirma dia sim e no outro também que vai reverter seu impedimento e conseguir se candidatar em 2026.

Então, me parece que não foi só o presidente Lula quem dispensou seu espantalho; o PL também.

Talvez pelos mesmos motivos.

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