
A dar veracidade às notícias diárias das mídias tradicionais, os presidentes da Câmara e do Senado estão um dia chateados, no outro aborrecidos, irritados, nervosos, estropiados, enganados, insatisfeitos, etc., com o governo Lula e particularmente com os interlocutores do Planalto nas respectivas casas.
Por parte de Padilha, Lula, Haddad, Guimarães, Randolfe e demais que sempre estão dialogando com o Congresso e apoiando todas as pautas relevantes, o que a gente vê é sorriso e confiança. Já a dupla do Legislativo parece mesmo dois cachorrinhos que caíram da mudança do inquilino.
E, no fundo, é do que estamos tratando. Enquanto o governo e sua equipe se aproximam da metade do seu período de 4 anos, a dupla não dinâmica do Congresso apresenta desorientação com o fim de seus mandatos.
Conquistaram ambos seus lugares no auge do governo fascista e fracassado anterior, reeleitos na manobra do atual governo para ganhar seu tempo e colocar seu bloco na rua sem muita disputa, além das necessárias. Chegamos onde chegamos, com o país reconduzido aos trilhos e sendo fustigado por seus acertos, não erros.
A dupla nada dinâmica segue na batida do caos, sem conseguir nem isso, o eco que ouvimos vem da imprensa hiena, que ri da desgraça para vender falsas soluções. Mas perdeu, perde e vê que vai perder novamente em 2024, com uma candidatura Tarciso – a do momento – que dificilmente abandonará a reeleição para perder a presidência para Lula.
As pendengas atuais, desoneração, prisão de deputado federal acusado de assassinato e quinquênio nababesco para quem não precisa – deixando quem precisa sem aumento – são pautas derrotadas e falidas, iniciativas isoladas dos presidentes em reeleição.
Se formos considerar a sucessão de derrapadas da dupla dinâmica nas últimas semanas, e se formos considerar que todos os movimentos visam e visavam fortalecer sucessores nas respectivas presidências, é razoável pensar que a dupla não parece caminhar para sucesso. Ou, melhor dizendo, alguma força contrária a esses projetos anda funcionando melhor, o que talvez explique as furiosas investidas e declarações, cada vez menos ouvidas