A Câmara e o Senado também foram depredados.

Pode parecer agora que não, mas tanto o edifício da Câmara quanto do Senado, além do STF, foram alvos dos alucinados no dia 08/01. Há quem diga que o STF nem era alvo, e arrependeram-se de entrar lá por conta das consequências. E damos razão a quem faz tal avaliação, porque se contássemos com a reação ao golpe por parte da Câmara e do Senado, era arriscado que a culpa da depredação caísse no atual governo, como falsamente tentaram afirmar durante meses e recentemente desistiram.

Desistiram porque a avalanche de processos mudou o foco. Agora importa desqualificar a investigação e as punições; o alvo é tentar derrotar a justiça, acusando-a de ditadura de toga e outras sandices. O que querem é a impunidade e a oportunidade de fazer novamente o mais rápido possível.

A preocupação dos ministros do STF não é apenas com o momento atual, quando um rebanho mundial dos extremistas de direita – fascistas – tenta alavancar a candidatura de Trump, mais viável pelos erros de Biden no front externo do que pelos acertos na condução de sua política econômica com bons resultados internos.

Ressurge o discurso fascista que estava nas cordas; as ameaças estão voltando aos poucos e, embora o líder esteja impedido de concorrer e assim permanecerá, seus herdeiros disputam o butim freneticamente.

O que vai decidir a parada da década será 2026, com a reeleição do atual governo, que assim mantém as forças do atraso por 8 anos no limbo, abrindo portas para o futuro, para pessoas e ideias arejadas, longe do extremismo fascista. Esse não desaparece, mas submerge no poço da ignorância, racismo e ressentimento onde sempre existiu.

A mídia volta ao ataque porque perde com o sucesso econômico seu discurso. Erra tudo e todos, e se insiste no erro é porque tem alguém pagando. Mas perdem, sempre perderam, porque falam para os privilegiados, que são sempre minoria.

O Senado e a Câmara são conduzidos pela dubiedade e omissão; seus presidentes são medíocres e enxergam o curto prazo, incapazes de avançar um palmo na agenda inclusiva, que é inteiramente do governo. O que sobrou para eles são esses projetos horrorosos de caráter punitivista, ineficazes e atrasados, a cara dessa gente. No fundo, apesar do enorme mal que promovem, não dependemos deles para seguirmos melhorando o país. Muitas vezes falo sobre isso: se estão à venda, continuamos comprando e impondo as reformas urgentes. Infelizmente, é assim que parte da sociedade entende suas lideranças, as escolhe e elege. É o que temos e com o que temos que fazer e acontecer. Se roubam o dinheiro das emendas, é assunto para os promotores e a polícia. No mais, vida que segue


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