
Ministro Barroso, se alguém tinha alguma dúvida, rasgou de vez a fantasia que fingia usar nos últimos meses, enquanto os processos contra os lavajatistas vão chegando ao momento decisivo do julgamento, e decide atropelar tudo e todos na defesa dos juízes e desembargadores do TRF4 e da vara do ex-juiz Moro ocupada pela juíza Hardt.
Talvez tenha sido um dos mais vergonhosos julgamentos da história do cambaleante judiciário nativo, onde a defesa dos crimes se deu na base de que eles não se efetivaram, o que não pode negar a intenção expressa nos atos assinados e nos ofícios encaminhados, sem falar nos diálogos entre todos os envolvidos, como nos revela o inquérito na Spoofing.
A existência da fundação que seria administrada pelos procuradores, bilionária, criada a partir do enredo da Lava Jato, viabilizada pelo dinheiro obtido em acordos venais que sangravam o caixa da Petrobras e para uso nas piores práticas imagináveis, até uma rede própria de televisão estava na lista da gangue. Tudo isso é inegável, insuportável e insuperável, só resta a negação ridícula e absurda, mas que cobra um preço absoluto na falsa imagem de magistrado que o pavão Barroso tentava emplacar atualmente.
Ele mesmo um membro ativo do lavajatismo, ele também combinando decisões e antecipando julgamentos, ele também apanhado nos diálogos que vazaram e constam na Spoofing ainda aguardando consequências dos crimes ali praticados.
Recentemente, membros do STF, Moras, Dino, Zanin e Gilmar, procuraram o presidente Lula para obter apoio do executivo para as decisões do STF que enfrentam o fascismo na política e na imprensa, que mantêm o STF sob fogo cerrado. A ausência do atual presidente do STF, Barroso, nesse tipo de iniciativa tão relevante, ele que não perde uma chance de protagonismo, deixa evidente o tipo de prioridades do ministro, ocupado em proteger os fascistas da Lava Jato, apagar as suas próprias pegadas na operação e, segundo diz, virar a página.
Não vai colar. E dizem que sua atuação de defesa do lavajatismo não pegou bem na ala anti-lavajatista do STF, a disputa andava quieta pode acordar.