Guerra e paz.

O Irã respondeu ao ataque à sua embaixada na Síria com drones e mísseis direcionados para a base dos aviões no deserto do Neguev, em Israel. A base de onde partiram os aviões que destruíram a embaixada e mataram 6 generais iranianos que lá estavam.

Após essa blitz relativamente contida e anunciada, até navios de guerra dos EUA estavam deslocados para a região, sabendo do ataque, o Irã comunicou que encerrava a operação de autodefesa.

Israel convocou uma reunião de emergência na ONU, sim, onde eles mesmos não respeitam nenhuma decisão, e vamos aguardar até o fim do dia o que vai acontecer.

O mais provável é que mais sanções do G7 sejam anunciadas e o isolamento do Irã com o Ocidente se aprofunde.

O preço do petróleo subiu de véspera porque todos sabiam do ataque. Provavelmente amanhã cairá para os valores anteriores, que estavam altos.

Israel recebeu uma represália pela primeira vez na história diretamente em seu território do Irã, sem dúvida nenhuma por conta da região manchada de ódio e sangue pelo genocídio do povo palestino. O mundo multipolar também tem culpa do ataque, no sentido do enfraquecimento da pax americana. Um novo arranjo estratégico multipolar está em ajustes e até lá a coisa vai ser perigosa, conflituosa e imprevisível.

Biden está recuperando o espaço perdido nas pesquisas e pode estar ligeiramente à frente agora. Voltar a falar e participar de guerras é tudo o que ele não precisa, mas Netanyahu é muito mais aliado de Trump do que dele. Embora Trump não apoie guerras, o principal motivo que o levou à vitória na disputa anterior.

Acho que ficamos assim por enquanto, mas se tem um assunto que sempre quero encerrar e não acerto previsão é quando falamos de guerras. Não consigo penetrar na cabeça de quem atira bombas.


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