O presidente da Câmara perdeu as estribeiras e começou a ofender e atacar publicamente o ministro Padilha, que é o articulador político do governo no Congresso.

O motivo de tanta ira de Lira é a derrota da votação de ontem na Câmara, quando a maioria dos parlamentares optou por manter a prisão do miliciano acusado de mandar matar Marielle.

Lira fez de tudo, juntamente com seu grupo, os bolsonaristas incluídos, para libertar o miliciano, em vão.

A conta da derrota foi toda para Lira, que atingiu até seu candidato à própria sucessão, algo mais que relevante considerando que o próprio Lira anda tomando café frio ultimamente.

A reação furiosa ainda não repercutiu, mas acontecerá em breve. O presidente Lula elogiou publicamente seu articulador agora à tarde também, garantindo que Padilha tem uma missão difícil, mas a cumpre muito bem e continuará.

Eu penso que fica nisso, uma briga meio na base pessoal, algo que Lira fez questão de assinalar e deixa assim uma porta para isolar o conflito.

Padilha é o futuro, Lira vai ficando para o passado.

Dizem que a disputa em Alagoas, reduto eleitoral de Lira, também não anda boa, com seu rival Renan Calheiros – e o filho, ministro, Renan Júnior – vão fazer 60% das prefeituras do estado. A turma de Lira não chega a 30%.

É esperar para ver.

Tem mais, com relação à sucessão da presidência da Câmara, o candidato de Lira perde força junto com seu padrinho e o pastor do Republicanos cresce nas apostas. Nem Lira nem os bolsonaristas querem o pastor na liderança da Câmara.

Ou seja, motivos para tamanha fúria não faltam, o que parece faltar é força para mudar o quadro de decadência.


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