
Todos os dias alguma notícia tenta levantar polêmicas, intriga ou desdenhar da condução geral do atual governo e suas decisões.
O que eles tem em comum é o vazio, não duram nem as 72 horas normais de sustentar notícias e acabam no mesmo dia.
E no dia seguinte, uma nova leva de críticas infundadas ou escândalos fabricados saem da fábrica de vento da grande mídia nativa.
Perceba, não se trata de juízo das críticas, mas a falta de conteúdo.
Vá lá que precisam agradar patrões e justificar salários, e notícia de ontem não enche barriga, uma nova precisa preencher o noticiário.
E o governo não ajuda, o trabalho é constante e sério, equilibrado, se faltava uma comunicação mais direta e menos reservada, menos tímida, não falta mais, a turma de ministros não sai mais das redes e publica um sem número de reuniões, declarações, inaugurações e foge das polêmicas com trabalho.
Polêmica sempre há, não me entenda mal, os anjos habitam os céus – dizem – e nos ministérios não tem nenhum; a coisa pega, porque tem que pegar mesmo quando lidamos com os interesses múltiplos em uma nação-continente .
A da semana foi sobre o presidente da Petrobras, uma meio na base de fofocas de conteúdo quase infantil, porque vaidade também é parte da vida dessa gente. Tirando isso e alguns desencontros normais de grandes empresas, o atual presidente parece seguir, alguma acomodação pode surgir, mas que inclua a permanência de sua presidência na estatal maior do Brasil .
A arrecadação segura as pontas, os juros estratosféricos ainda cortam nosso orçamento e comprometem a saúde contábil, mas segue administrável; PIB cresce, a balança externa explode em bons números e o déficit primário cresceu em função de pagamentos atrasados de precatórios, que mais pareceu uma desculpa do governo para injetar bilhões na economia e fora dos controles normais .
O congresso dorme, inteiramente dominado pelas pautas governistas; aqui e ali algumas presepadas sem arranhar o principal. Eleições seguem no radar de reeleger bancadas municipais mais progressistas sem exatamente disputar o cargo executivo principal. O objetivo é comer pelas bordas e, quem sabe, lançar novos nomes enquanto usam a velha guarda de apoio.
Lula navega em mares nunca dantes navegados e conduz seu barco devagar.