Maio de 1968 e a coragem de mentir.

Lembrei da ida da ministra Dilma Rousseff ao senado em maio de 2008, convocada para falar sobre as obras do PAC.

Na sua resposta ao senador fuinha Agripino Maia, uma espécie de Magno Malta sem o malte e a bíblia, Dilma selou seu nome na disputa para a vaga do candidato do Lula na sucessão. Ao comparar a coragem de mentir sob tortura, ela que aos 19 anos foi presa e torturada e cumpriu 3 anos nas cadeias, com o imperativo  de falar a verdade nas democracias.

Alem desse dia, uma imagem da jovem Dilma altiva diante de juízes fardados escondendo o rosto da história, formam o curriculum extraordinário dessa extraordinária mulher.

E , para os dias atuais, ainda continua servido de contraste com os covardes generais recusando responder as perguntas de seus atos diante da justiça. Preferem o silêncio, quando não continuar mentindo.

Nada mais que isso, enquanto a menina torturada mentia para salvar as vidas de seus companheiros perseguidos pela violência dos ditadores, os algozes do passado agora revividos fazem silêncio na democracia para salvarem a própria pele. A honra, essa, jogam na lama sem a menor cerimônia .

E se dizem valentes.


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