O ex-presidente foi flagrado na véspera de um comício em São Paulo, no mesmo dia em que seu passaporte foi recolhido pela justiça, escondido por dois dias na embaixada da Hungria. A filmagem, foi vazada para o jornal dos EUA, o New York Times, que, segundo nos ensinou Henfil, comprova a veracidade de qualquer fato em qualquer lugar do mundo.

O vídeo começa com a chegada do ex-presidente e seus seguranças, por volta das 22 horas, sendo recebidos na embaixada após anunciar sua presença batendo palmas e aguardando por 4 minutos até serem atendidos. No interior da casa, assistimos à improvisação para receber a visita inesperada, com funcionários levando cobertores, travesseiros e uma garrafa de café para o hóspede.

Por ironia, o Brasil possui um tratado de extradição com a Hungria, recentemente promovido por aquele doidivanas do Ernesto Araújo. Imagino que ele pensava estar realizando uma grande proeza com o governo irmão do fascista Orban, que, não por acaso, apesar do tratado, foi escolhido pelo nosso ex-presidente, certamente tomado pelo pavor da imagem de uma prisão.

Agora, devidamente intimado pelas autoridades a se explicar, vamos aguardar a sandice que será apresentada para justificar a ida até a embaixada no início da noite e em pleno feriado de carnaval. O embaixador húngaro também foi convocado a explicar o inusitado acontecimento e nada disse, porque, cá entre nós, dizer o que?

A mínima sanção para o fugitivo será uma coleira eletrônica para que seus passos incertos possam ser vigiados. A prisão seria o mais indicado, o que obrigaria a liberar o dilúvio de acusações que estão sendo acumuladas nos inquéritos do cidadão. O mais provável vai ser a tornozelera do que a prisão, mas estamos vendo a fruta caindo madura do pé, talvez fosse melhor reconhecer e liquidar de vez com essa novela cujo desfecho todos sabemos.

E ficou a dúvida de quem vazou as imagens para o NYT.