O Senado, nas mãos do Pachecão, está se tornando uma casa de intolerância.

O discreto mineirão quer uma vaga na disputa para o governo de Minas Gerais. Parece contar com o apoio do Lula, mas, para atrair o voto conservador, inventa uma bobagem por dia.

Ainda esta semana, a CCJ do Senado vai analisar a proposta de regulamentação da posse de drogas e diz que vai criminalizar qualquer quantidade.

O STF está dedicado à matéria, decidindo exatamente o quanto seria necessário para definir entre o usuário e o traficante de maconha.

Interessante nessa discussão é que, para o usuário dispor de alguma quantidade que seja (e suponho que vai ter um limite legal para isso daqui a alguns dias), ele precisa, em algum momento, do… traficante. Ou vamos vender em farmácias, como fazem com sucesso alguns países?

Enfim, a hipócrita decisão do STF, apesar de tudo, vai na direção correta, tentando avançar mesmo de forma contraditória no debate sobre drogas no Brasil. Não visa o mesmo alvo do Senado, mas fazer a distinção para quem cabe mandar, depois, as pessoas para as cadeias: policiais, promotores e juízes.

O Senado faz a parte do bobo, para entrar no debate pelas portas dos fundos, com objetivos eleitorais claros.

A população que fique enganada e os pobres que fiquem nas cadeias.

Evidentemente, não dá mais.